SOS Sado denuncia obra ao comandante do Porto de Setúbal

Obra de destruição da parte submersa da Pedra Furada afeta comunidade de roazes.

16 de abril de 2019 às 08:43
Batelão está instalado em frente ao Porto de Setúbal e serve de base para os trabalhos de remoção de rocha submersa Foto: Rui Minderico
Dragagens para ampliação do porto de Setúbal vão obrigar à remoção de 6,5 milhões de metros cúbicos de areia Foto: André Areias

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A obra de destruição da parte submersa da Pedra Furada de Setúbal, no âmbito das obras de dragagens para ampliação do Porto de Setúbal, continua a gerar polémica.

Depois de os trabalhos da Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra terem sido denunciados pela Associação SOS Sado, na semana passada, o movimento cívico apresentou esta segunda-feira queixa formal ao comandante do Porto de Setúbal.

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Segundo a associação, as obras são ilegais e prejudiciais para a comunidade de roazes corvineiros do Sado.

"Estas obras representam um prejuízo ambiental e geológico considerável, quer pela via do ruído produzido, quer pela ressuspensão de sedimentos gerados e outros que podem ainda não estar determinados", escreve o movimento em comunicado.

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Contactado pelo CM, o capitão do Porto de Setúbal confirma a receção da queixa mas admite que as competências da capitania são limitadas.

"As responsabilidades de capitão de Porto cingem-se à garantia da segurança da navegação e pessoas, no decorrer da obra, e isso foi e está acautelado", diz Luís Lavrador. A queixa vai no entanto ser analisada.

Segundo a APSS, as obras iniciadas a 1 de abril junto ao terminal Tersado, em Setúbal, destinam-se à remoção de um afloramento arenítico, ou seja, a parte submersa da Pedra Furada, e pretendem permitir a obra de dragagens no rio Sado.

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O ruído proveniente da destruição da pedra, debaixo de água, preocupa a associação, que na semana passada gravou o barulho provocado pela obra com um hidrofone.

O som, garante a SOS Sado, é prejudicial à comunidade de golfinhos.

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