Taxista leva três facadas na véspera de aniversário
Manuel Viegas Gomes, taxista de Loulé, festejou o seu 48.º aniversário, anteontem, numa cama do Hospital Distrital de Faro, onde se encontra internado no serviço de Cirurgia Geral, depois de ter sido esfaqueado três vezes por um homem que transportou desde a Marina de Vilamoura até Pereiras de Quarteira. Deverá ter alta na próxima semana.
“Pensei que ia morrer! Depois da primeira facada faltaram-me as forças. Até disse aos meus amigos que o meu funeral era para ter sido no meu dia de anos”, referiu ontem ao CM Manuel Viegas Gomes.
O ataque ao taxista aconteceu cerca da 01h30 de quarta-feira. O indivíduo que transportava, com cerca de 20 anos, branco, “não se mostrava nervoso”, era baixo e falava português. Manuel Viegas Gomes desconfia que o homem queria o carro para “ir buscar droga”.
O indivíduo pediu ao taxista para passar por um atalho, perto do sítio das Duas Sentinelas, ao que Manuel Viegas Gomes acedeu. “Assim que puxei o travão de mão, ele deu-me uma facada debaixo da clavícula direita”, relatou ao CM. Seguiram-se mais dois ataques: “Levei outra facada que me fez um corte desde o pescoço até à cara e já no exterior do carro fui atingido com outro golpe nas costas”, disse.
Manuel Viegas Gomes diz que o indivíduo nunca lhe pediu dinheiro. Depois de agredido e do atacante ter fugido no táxi, ainda teve forças para pedir ajuda numa casa ali perto. “Pulei o muro, mas perdi a esperança porque não me abriram a porta. No último segundo, apareceu um senhor inglês que me ajudou a telefonar para o 112”, relata o taxista.
O carro foi encontrado a pouca distância do local. Do seu interior foram retirados três telemóveis e cerca de 60 euros em moedas. O Núcleo de Investigação Criminal da GNR de Loulé investiga o caso.
ALTURA
Um indivíduo com cerca de 40 anos assaltou um taxista em Altura, a 7 de Julho, com ameaça de arma de fogo. Levou o carro e viria a ser detido pela GNR horas depois, com a viatura, em Ourique.
FARO
Um casal assaltou, a 20 de Dezembro de 2005, um taxista em Pontes Marchil, espancando-o e roubando-lhe cerca de 230 euros. Os assaltantes acabariam por ser apanhados pela GNR na Penha.
SEM QUEIXA
“A maioria dos assaltos é sem violência e o taxista não faz queixa. Não vale a pena. É só perda de tempo. As leis têm de ser mais penalizantes”, diz Florêncio Almeida, presidente da Antral.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt