Taxista agressor nega homofobia
Homem, de 40 anos, trabalha para um associado da Raditáxis e agrediu Sara Salvador, de 28, por ter entrado no carro "alcoolizada e com um copo na mão".
O taxista que agrediu Sara Salvador, de 28 anos, na madrugada do passado dia 8, na praça da República, no Porto, é descrito como um homem reservado pelo dono da empresa para a qual trabalha, através de um associado. A Raditáxis já identificou o motorista, 40 anos, cujo nome não revela. O agressor aguarda uma reunião com a direção, no próximo sábado, para saber qual vai ser a sua sanção. Arrisca ser expulso.
"Ele garantiu-me que a razão para ter agredido esta mulher não foi o beijo na boca que deu a uma amiga, como ela diz, mas antes porque ela estava alcoolizada e tentou entrar no táxi com um copo de vidro na mão. Houve provocações e o homem acabou por agredi-la", explicou o presidente da direção da Raditáxis, Mário Ferreira, que ouviu a versão do taxista. O dirigente garantiu que, "apesar de tudo, não há justificação para a agressão." "Nós, taxistas, estamos habituados a trabalhar com todo o tipo de pessoas. O que interessa é que nos paguem e nós levamo-las ao sítio a que elas querem ir", acrescentou ao CM. Mário Ferreira disse nunca ter acreditado que a agressão tivesse tido origem no beijo na boca entre as amigas.
O motorista não tem trabalhado nos últimos dias. Como não colabora diretamente com a empresa, o seu superior já terá sido avisado da situação.
O homem pode ser suspenso ou expulso pela direção da Raditáxis. Só o Instituto de Mobilidade e Transportes pode condicionar a decisão da empresa e retirar ao taxista a licença que lhe permite exercer a profissão.
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