Taxista homicida condenado a 18 anos de prisão
António Correia matou a ex-companheira a tiro.
António Correia, o taxista que em setembro do ano passado matou a ex-companheira por ciúmes, foi esta terça-feira condenado a 18 anos de prisão pelo Tribunal de Vila Real.
O homem de 48 anos foi condenado pelo crime de homicício qualificado, após ter morto a tiro Aurora Rocha, de 45 anos, à frente do filho de sete anos (à altura dos factos), na aldeia de Guiães, em Vila Real.
António Correia disparou da rua para a mulher que estava à janela de casa, tendo o crime sido presenciado pelo filho menor da vítima, que deu o alerta.
Crime por motivos passionais
O taxista homicida disse em tribunal, no início do julgamento, que matou mulher sem querer, alegando ter disparado um tiro de intimidação sem se aperceber que tinha atingido a vítima.
Segundo a acusação do Ministério Público (MP), o taxista manteve uma relação com a vítima, uma viúva de 45 anos com quatro filhos, até três meses antes do crime, e que terão sido motivos passionais que estiveram na origem do disparo em setembro do ano passado.
Ao tribunal o condenado tinha afirmado que fez "um disparo de intimidação" e que quando saiu do local não ouviu nada nem se apercebeu de que tinha atingido a viúva. Justificou ainda que andava sempre armado devido à profissão de taxista.
O MP disse que o suspeito conhecia a rotina da vítima, que vivia sozinha com os filhos e que, quando António Correia disparou se encontrava na cozinha, com a luz acesa. O filho mais novo da viúva, um menino de oito anos, foi a primeira testemunha de acusação a ser ouvida.
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