Telemóvel trama homem que matou ex-companheira no Algarve
Aparelho foi recuperado num contentor de lixo perto da casa de José Santos, em Vila Real de Santo António.
O telemóvel de Sónia Ribeiro, a mulher morta, quinta-feira, em Vila Real de Santo António, desempenhou um papel importante na investigação e foi um dos indícios que permitiu ligar o homicida ao crime. O aparelho foi recuperado num contentor de lixo perto da casa de José Santos, em Monte Gordo.
Além da proximidade à casa do principal suspeito do homicídio, a análise ao telemóvel também permitiu perceber que, na manhã do crime, Sónia, de 37 anos, e José, de 33, estiveram em contacto.
Uma irmã da vítima garantiu ao CM que, pelas 10h00 desse dia, Sónia recebeu uma chamada do homem e foi encontrar-se com ele. A mulher foi depois encontrada, já morta, pela filha de 16 anos, no apartamento onde vivia, na rua de Montemor-o-Novo, por volta das 11h30.
Sónia e José mantiveram uma relação marcada pelo conflito. Apesar de o namoro já ter acabado, o homem, descrito como ciumento e agressivo continuava a persegui-la e a ameaçá-la.
Quando foi encontrado, o corpo de Sónia apresentava uma série de orifícios, na zona do peito, que terão sido provocados por um objeto perfurante. As autoridades, no entanto, acreditam que a mulher foi morta por estrangulamento.
PORMENORES
Contentor subterrâneo
O telemóvel estava num contentor subterrâneo (molok), que foi levantado pelos serviços municipais a pedido da Judiciária.
Pai veio a Portugal
Sónia tinha uma filha de 16 anos e um filho mais novo, de uma relação anterior. O pai das crianças, emigrado em França, veio a Portugal após saber do crime.
Família causa desacatos
Após José Santos ficar em preventiva, sexta-feira, familiares de Sónia foram a Monte Gordo, à procura da família do homicida e provocaram desacatos, obrigando à intervenção da GNR.
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