Tenta matar amigo e inventa assalto no Porto
Ataca à facada junto a igreja e fica a ver a vítima a arrastar-se.
Esfaqueado no pescoço, no peito e na cabeça, junto à Igreja de Paranhos, Porto, em fevereiro deste ano, o homem, de 25 anos, ainda conseguiu abrir a porta do carro e fugir, antes de ser novamente golpeado, desta vez nas costas.
A sangrar, a vítima arrastou-se pelo chão e o agressor continuou a desferir golpes até partir a faca. "Tenho que te matar", gritou-lhe. Insatisfeito, o suspeito pegou ainda num bloco de cimento e atirou-o com violência contra a cabeça do ofendido.
Os dois homens, que eram amigos, encontraram-se durante a madrugada. O Ministério Público, que acusou o arguido, de 26 anos, de um crime de tentativa de homicídio qualificado, refere que tinham combinado o encontro para conversar e que a agressão foi motivada por razões passionais, não apuradas.
Após esfaquear a vítima, o arguido acompanhou-a de pé, enquanto aquela se arrastava no solo, ignorando os seus pedidos de ajuda, pedindo que ligasse para o 112.
Já junto do cemitério, vítima e arguido cruzaram-se com dois jovens e, em ato contínuo, o agressor atira-se para a frente - batendo violentamente com a cabeça no chão - e disse que tinham sido ambos assaltados e espancados.
A PJ foi chamada e desmontou a encenação do agressor, que acabou detido. O ofendido correu risco de vida.
O arguido, que está em prisão domiciliária, vai começar a ser julgado na próxima semana no Tribunal de São João Novo, no Porto.
Usou uma faca de 13 centímetros de lâmina. A vítima pede 50 mil euros de indemnização.
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