Travado regresso de Polícia Municipal de Lisboa após suspensão
Trata-se da polícia que, em 2020, usou gás-pimenta contra um casal que fazia sexo na rua.
A Polícia Municipal (PM) de Lisboa impediu esta sexta-feira uma agente de regressar ao trabalho, mesmo após o Tribunal Administrativo ter deferido a providência cautelar que a visada colocou à ordem da PSP (tutela os agentes da PM de Lisboa e Porto) de a pôr fora daquela força local. Trata-se da polícia que, em 2020, usou gás-pimenta contra um casal que fazia sexo na rua.
Fátima Pereira apresentou-se no quartel da PM com o advogado. “O deferimento da providência cautelar, datado de 1 de fevereiro, ordenou a citação de 3 entidades: a PSP, a Câmara de Lisboa, e o Ministério da Administração Interna, o que aconteceu a 7 de fevereiro”, disse ao CM Soares Teixeira. Explicou que a cliente, que não prestou declarações ao CM , “está desde 2019 a ser perseguida”. “Começou por uma denúncia de más condições de trabalho. Foi injuriada e ameaçada e por isso já avançámos com queixa-crime.”
Em 2020, Fátima Pereira usou gás-pimenta contra um casal que fazia sexo na rua e por isso foi suspensa 60 dias. “Tiraram-lhe os 240 euros do suplemento da PM e colocaram-na em Oeiras. Agora, não se quer cumprir uma ordem do tribunal”, denunciou Soares Teixeira.
A PSP confirmou ao CM “ter sido citada pelo tribunal da decisão da providência cautelar”, tendo prestado “a informação necessária”. Não fez mais comentários.
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