Três anos de prisão efetiva para homem que abusou da filha dias após sair da cadeia
Tribunal proibiu pai abusador de exercer responsabilidades parentais nos próximos 10 anos. Homem tem outra pena de quatro anos de cadeia para cumprir.
O Tribunal de São João Novo, no Porto, condenou a três anos de prisão efetiva o homem de 39 anos que abusou sexualmente da filha mais velha, em março do ano passado, dias após ter saído da cadeia, onde esteve em prisão preventiva. Os juízes dizem que o predador, que tinha acabado de ser condenado a quatro anos e cinco meses de prisão por tráfico de droga, não mostrou "qualquer empatia para com a sua filha". Vai ter que pagar uma indemnização de 10 mil euros e não pode exercer poderes parentais por um período de 10 anos.
O crime ocorreu em março do ano passado. O arguido saiu da cadeia de Custoias, onde esteve 10 meses em prisão preventiva, e regressou à casa da família, onde viviam a mulher e os dois filhos, então com 8 e 6 anos. Desempregado, o predador aproveitou os momentos a sós com as crianças para cometer os abusos. Enquanto sujeitava a filha às práticas sexuais criminosas, o pai perguntava-lhe se estava a gostar e pedia à menor que não contasse à mãe. O filho mais novo era expulso do quarto onde decorriam os abusos sexuais.
Para o Coletivo de juízes, o predador, sujeitou a menina "a atos ofensivos, humilhantes e prejudiciais para o normal crescimento e para o são desenvolvimento da sua personalidade". O Tribunal considerou que o arguido agiu com dolo intenso e que "não demonstrou, nem demonstra, nenhuma reflexão crítica sobre os danos causados à própria filha". Durante o julgamento, o pai abusador admitiu "um estilo rígido e autoritário" na relação com os dois filhos. No dia em que a criança revelou à mãe "que o papá mexeu onde não devia com aquilo de fazer xixi", o predador saiu de casa. Esteve sempre em liberdade e conta com o apoio das irmãs, que o acolheram.
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