Três helicópteros aguardam inspeção para poderem combater incêndios
Agência Nacional de Aviação Civil autorizou que três Kamov possam voltar a operar no combate aos incêndios. Mas há mais três à espera de um "sim".
Há três helicópteros ligeiros Ecureuil B3 há espera de uma inspeção que permita colocar os aparelhos a voar e, consequentemente, a participar nos combates aos incêndios que atingem Portugal. Segundo a empresa que ganhou o concurso para operar os meios, a Heliportugal, a inspeção deve ter lugar ainda esta semana.
Ao Público, Nuno Faria explicou que a Agência Nacional de Aviação Civil tem os processos atrasados e que o diretor de segurança operacional naquela instituição, engenheiro Vítor Rosa, em dando a pedir "documentos a conta-gotas". "Estamos em crer que se trata de um comportamento do excesso de zelo decorrente daquilo que é uma circunstância individual, por conta de alguém que, assustado com a situação que deu origem à formulação de acusação contra si e contra o presidente da ANAC, teve como resultado esta circunstância de uma longa e estirada validação de documentos que no ano passado demorou uns cinco dias", disse ao mesmo jornal. Vítor Rosa é um dos acusados de um crime de atentado à segurança de transporte por ar, no processo de uma aterragem de emergência na costa de Caparica que matou um homem de 56 anos e uma criança de oito.
Além disso, as empresas concorrentes, Babcock e HTA, impugaram o concurso de aluguer destas aeronaves, ganho pela Heliportugal e pela Helibravo. O advogado revelou que já foi iniciado um processo de indeminizações, que pede cerca um total de 800 mil euros às duas empresas.
Esta segunda-feira, a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) autorizou que três dos helicópteros pesados Kamov possam voltar a operar no combate aos incêndios. A autorização da ANAC foi dada depois de a Heliportugal, que é quem vai operar os Kamov, ter enviado os restantes documentos que estavam em falta.
As aeronaves, adquiridas pelo Governo, estavam em manutenção há mais de um ano.
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