Velocidade e falta de aviso ‘matam’ turista
Embarcação marítimo-turística abalroa nadadora na praia do Padre Vicente em agosto.
O facto de a embarcação marítimo-turística ser tripulada apenas por um homem, ir com velocidade a mais e não ter buzinado a sua presença ao sair de uma gruta foi a causa do abalroamento e morte de uma turista que nadava na praia do Padre Vicente, Carvoeiro, em agosto.
O barco tinha 12 turistas que faziam uma visita às grutas e praias da zona e assistiram ao embate e ao reboque do corpo para o areal.
De acordo com o relatório do Gabinete de Investigação de Acidentes Marítimos, a que o CM teve acesso, a embarcação ‘Roisin Alvor’, de 7 metros, só era obrigada a ter o timoneiro, pelo que é recomendado à Autoridade Marítima "avaliar o risco" de as embarcações marítimo-turísticas terem só um tripulante na época balnear, que descura a "vigilância visual e auditiva".
A velocidade era "superior à estritamente necessária para o governo da embarcação" e foi aumentando após a saída da gruta - no abalroamento ia a 12 nós (22 km/h).
Não seguia ainda perpendicular à linha de costa, como mandam as regras, surgindo para a vítima com o sol a encandear e a frente levantada pela velocidade, o que tornou "extremamente difícil avistar nadadores". É pedido à Autoridade Marítima para relembrar em edital o uso de "sinais para chamar a atenção" e evitar abalroamentos. Não sendo praia concessionada, a mulher bielorrussa de 53 anos podia estar no local a 95 metros do areal e os barcos não têm de estar afastados 300 metros.
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