Violência em assaltos “choca” procurador do Tribunal de Faro

Crimes aconteceram no decorrer de 2017 nas zonas de Faro, Olhão e São Brás de Alportel.

17 de janeiro de 2019 às 09:02
Tribunal de Faro Foto: Nuno Alfarrobinha
Tribunal de Faro Foto: Nuno Alfarrobinha

1/2

Partilhar

Choca a violência desajustada perante o objetivo destes crimes". A frase é do procurador do Ministério Público do Tribunal de Faro e foi proferida esta quarta-feira, na sessão de alegações finais de um julgamento que junta quatro arguidos acusados de estarem envolvidos em 10 assaltos violentos.

Estes foram feitos durante o ano de 2017 em zonas isoladas dos concelhos de Faro, Olhão e São Brás de Alportel, e as vítimas são, na sua maioria, idosos, pessoas inválidas e mulheres.

Pub

A "fragilidade física" das vítimas foi um fator apontado pelo procurador como agravante dos crimes, quando pediu condenações para os assaltos em que considerou as provas inequívocas contra os arguidos - num dos casos não foi considerado, pelo Ministério Público, que houvesse provas suficientes para os ligar ao crime.

Um dos assaltos mais violentos, referidos pelo procurador, aconteceu em Santa Bárbara de Nexe, onde dois dos arguidos entraram dentro da casa de um homem de 69 anos e chegaram a encostar-lhe uma faca ao pescoço.

Pub

Ameaçaram-no e remexeram-lhe nos móveis antes de fugirem com uma caçadeira, dinheiro, relógios e cartões multibanco. A violência esteve quase sempre presente nos assaltos, que envolveram também roubos por esticão na via pública, com as vítimas a ficarem com escoriações, depois de caírem devido à força com que lhes puxavam as malas, e roubos com agressões a soco e a pontapé para forçarem as vítimas a darem os valores.

A leitura da sentença deste julgamento está marcada para o dia 4 de fevereiro.

PORMENORES

Pub

Apenas um falou

Durante a sessão de alegações finais apenas um dos arguidos decidiu falar perante o coletivo de juízes. Disse que na altura dos crimes era "consumidor de cocaína" e "não tinha ideia do que fazia".

Roubo de 4 euros

Pub

"A minha mãe ficou muito debilitada. Nem sai à rua", disse, numa das sessões, a filha de uma vítima, de 82 anos, que foi atirada ao chão durante um roubo que rendeu apenas 4 euros.

Carro nos locais

Nem sempre os quatro arguidos participaram ao mesmo tempo nos assaltos, mas havia um denominador comum nos testemunhos: a presença de um automóvel de marca Audi de cor escura.

Pub

Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?

Envie para geral@cmjornal.pt

Partilhar