Vistos e ‘cunhas’ à venda em consulado nacional do Rio de Janeiro
Queixas de utentes levaram a inquérito do Ministério Público e às buscas realizadas.
Uma investigação do Ministério Público (MP) português, que recebeu uma denúncia do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) a participar suspeitas de corrupção, com cobrança de ‘luvas’ pela emissão de vistos e obtenção de ‘cunhas’ no agendamento de atendimentos no consulado nacional do Rio de Janeiro, Brasil, levou esta terça-feira à realização de buscas nas instalações diplomáticas.
O CM sabe que o consulado português recebeu várias queixas de utentes a relatar situações que podiam configurar crimes. A Inspeção-Geral Diplomática e Consular do MNE lançou um inquérito interno. Sustentados os indícios, foi feita queixa ao MP. A investigação foi delegada na Polícia Judiciária (PJ), que recolheu prova de corrupção, peculato e falsificação de documentos no consulado do Rio de Janeiro. Assim, inspetores da PJ avançaram ontem para a realização da ‘Operação Agendódromo’, com 5 mandados realizados no Rio de Janeiro e Saquarema. Por estar a atuar no estrangeiro, a PJ pediu o apoio da Polícia Federal brasileira. Foi recolhida prova, sem que para já tenham havido detenções.
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