Amigos receberam mensagens de triatleta quando estava morto

A 16 de julho, quando Luís já teria sido morto, Rosa trocou mensagens e fez-se passar pelo marido ao telemóvel.

03 de outubro de 2018 às 01:30
Rosa Grilo Foto: Vítor Mota
Luís Grilo, triatleta de 50 anos, terá sido assassinado em casa a 15 de julho Foto: Direitos Reservados
Rosa e Luís eram felizes e tinham um casamento perfeito, assegura a irmã do triatleta, Júlia Grilo Foto: Direitos Reservados
António Joaquim é o suspeito de ter matado o triatleta Luís Grilo
Luís Miguel Grilo tinha 50 anos Foto: Hugo Rainho

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Na manhã de 16 de julho, segunda-feira, já o triatleta Luís Grilo teria sido brutalmente assassinado, à pancada e a tiro, pelas mãos da mulher, Rosa e do amante desta. António Joaquim – e um grupo de amigos do engenheiro informático - continuava a receber mensagens do telemóvel da vítima.

Tudo aponta agora para que tenha sido a viúva, em prisão preventiva depois de ter sido detida pelo homicídio, a usar o telemóvel do marido para desviar atenções.

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Ao que o CM apurou, as mensagens foram enviadas entre o meio da manhã e as 16h00 de 16 de julho. E Rosa, quando participou o desaparecimento, disse que o marido tinha ido treinar de bicicleta às 16h30. Por isso, os amigos e colegas da equipa de triatlo ‘Wikaboo’ que receberam as mensagens num grupo restrito que era mantido na aplicação de troca de mensagens WhatsApp, não estranharam.

Rosa, fazendo-se passar pelo marido, terá dito por mensagens que ia treinar na tarde desse dia. Os amigos ficaram ainda a pensar que Luís Grilo estaria interessado em participar num jantar de aniversário de um colega da equipa de triatlo, no final dessa semana.

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Horas mais tarde, Rosa Grilo anunciava que o marido estava desaparecido. E, confiantes na versão lida nas mensagens de telemóvel de que o engenheiro informático teria ido mesmo fazer um treino de bicicleta para descompressão da prova de triatlo realizada dias antes, na Alemanha, vários amigos juntaram-se às buscas logo no próprio dia.

Dois dias mais tarde, o telemóvel de Luís Grilo, a bolsa de plástico que normalmente usava nos treinos, uma cópia do cartão de cidadão, e uma nota de 20 euros, foram encontrados, abandonados junto a uma empresa nos Casais da Marmeleira, Alenquer.

Todos os objetos terão sido ali plantados por Rosa Grilo – que antes terá usado o telemóvel da vítima também para tentar despistar a Polícia Judiciária.

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PORMENORES

Testes de cancro

Os amigos da equipa de triatlo de Luís Grilo andavam preocupados ao vê-lo expectante face aos testes de despistagem de cancro que Rosa, a mulher que o matou, andaria a fazer.

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Visitas da advogada

Para já, Rosa Grilo tem direito apenas a visitas da advogada e de familiares próximos, no Estabelecimento Prisional de Tires, em Cascais, onde deverá passar os próximos meses.

Acompanhava provas

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Rosa Grilo acompanhava sempre o marido nas provas de triatlo, no País e no estrangeiro.

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