Rosa Grilo e António Joaquim ficaram em prisão preventiva após serem interrogados cada um durante quatro horas.
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Rosa Grilo e o cúmplice, António Joaquim, amantes e assassinos do triatleta Luís Miguel Grilo, de 50 anos, optaram por prestar declarações no primeiro interrogatório judicial. Mas negaram o homicídio no Tribunal de Vila Franca de Xira, onde foram ouvidos nos últimos dois dias. Argumentos que não convenceram a juíza Andreia Valadas que aplicou este sábado prisão preventiva aos dois homicidas.
Rosa começou a ser interrogada sexta-feira. Ao que o CM apurou, durante as quatro horas em que foi ouvida manteve um discurso desconexo e poderá tentar apostar na inimputabilidade, já que a tese que apresentou não fez sentido. Admitiu que o marido pode ter morrido em casa, mas diz que, se aconteceu, não esteve envolvida.
Garantiu à juíza que não sabe se o triatleta foi ou não treinar de bicicleta a 16 de julho, dia em que deu o alerta para o desaparecimento do marido. Disse que sim, para logo assegurar que não o viu sair de casa.
Sobre o tapete (o corpo da vítima foi embrulhado num tapete), Rosa diz que comprou um porque o anterior desaparecera, sem conseguir explicar como. Já o amante, António Joaquim, funcionário judicial, negou à juíza qualquer ligação ao crime.
Recorde-se que Rosa tinha dito às autoridades que o marido tinha saído para um treino de bicicleta, a 16 de julho, pelas 16h00, e que o triatleta só não viu o filho de 12 anos nesse dia por pouco, tendo em conta que o menor chegou a casa 15 minutos após o pai ter saído. Também tinha contado à PJ que o marido esteve sempre contactável, apesar de, nesse dia, não ter atendido nem retornado nenhuma chamada (tinha sido morto na véspera). A mulher afirmou que ficou preocupada ao final do dia e que, após procurar o marido, optou por alertar a GNR.
Luís Grilo foi morto na cama, em Vila Franca de Xira, a 15 de julho; foi encontrado a 134 km de casa, em Avis, mais de um mês depois, a 24 de agosto.
"Descobriu traição e deixou-o"
Rosa Grilo mantinha uma relação extraconjugal com António Joaquim, funcionário judicial no Campus de Justiça, há mais de um ano. "A mulher dele, com quem tem dois filhos, descobriu a traição e deixou-o. Estão divorciados há um ano, mas o casamento já tinha terminado há mais tempo", contou ao CM uma familiar do homicida.
A mulher traída, professora primária, não perdoou a relação do marido e de Rosa e o casal separou-se. "A nossa família está destruída. Eles tinham uma vida boa, nasceram dois filhos mas ele depois conheceu a Rosa", contou a familiar. A viúva conhecia a família de António Joaquim e justificava o facto de viver com outro homem com o negócio da empresa de informática. Mas garantiu ao amante que ela e Luís Grilo dormiam em camas separadas. Admitiu que viviam juntos só para manter aparências junto da família e pelo bem-estar do filho.
"Vou estar sempre aqui a apoiar-te, minha filha"
"A Rosa estava à espera da decisão, o António não"
"O senhor António está a encarar a decisão com grande espanto, a Rosa não tanto, mas não posso dizer porquê. A Rosa talvez estivesse à espera", disse a advogada sem adiantar mais detalhes.
Dezenas de pessoas no tribunal insultaram casal de homicidas
Quando os dois homicidas saíram algemados em prisão preventiva foram insultados pela população em fúria, contida pela ação da PSP.
PORMENORES
Filhos eram amigos
Os filhos de 12 e 13 anos de António Joaquim eram amigos do filho de Rosa e de Luís Grilo e foram eles o elo de ligação entre o casal de amantes, segundo uma familiar do homicida. A guarda dos filhos era partilhada.
Arma apreendida
A pistola 7,65 mm, usada para matar Luís Grilo com um tiro na cabeça através de uma almofada, pertencia ao oficial de justiça e foi apreendida pela PJ.
Interrogados 8 horas
No total, Rosa Grilo, ouvida quatro horas, entre as 17h00 e as 21h00 de anteontem, e António Joaquim, interrogado entre as 09h30 e as 13h30, foram interrogados num total de oito horas pela juíza de instrução.
Pai viu abraços e beijos
O pai de Rosa disse que tinha visto a filha e o triatleta "abraçados e a beijarem-se três dias antes do desaparecimento". "Não conheço casal mais amigo", disse Américo Pina.
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