Estrangula namorado após sexo violento

Adeptos de sexo sadomasoquista – prática onde os intervenientes têm prazer através da dor – C.M., de 44 anos, e o namorado tinham uma relação conflituosa. A 15 de maio de 2012, tiveram uma nova discussão, no apartamento onde viviam, em Lisboa. C.M. percebeu que os adereços que usavam durante o sexo violento estavam fora do sítio. Pensou que P. P. o traíra, mas, mesmo assim, aceitou ter relações sexuais com o namorado. No final estrangulou-o com uma corda. Foi condenado a 17 anos de cadeia.

O arguido recorreu da decisão para o Supremo Tribunal de Justiça, que agora confirmou a pena aplicada. C.M. está, desde a altura em que cometeu o crime, em prisão preventiva.

Português preso por crime brutal

Aperta pescoço à namorada em discussão

"Este comportamento súbito e pertinaz, envolvendo sofrimento evidente para a vítima e demonstrando insensibilidade pela vida humana, revela uma especial censurabilidade ou perversidade na prática do crime", lê-se no acórdão do Supremo Tribunal de Justiça.

Em julgamento ficou provado, que P.P. foi atacado quando estava despido e sentado no sofá da sala. C.M. pegou na corda – que o casal usava durante as práticas de sexo sadomasoquista – e começou a apertar o pescoço do namorado. P.P. ainda conseguiu levantar-se, mas o homicida continuou a puxar a corda com força.

C.M. enrolou depois o cadáver num tapete e fugiu do apartamento. Andou sozinho pelas ruas durante dois dias, até que decidiu ligar a um familiar e contou o que aconteceu. Em julgamento o homem – que trabalhou durante muito tempo como florista e depois numa galeria de arte – admitiu o crime que cometeu. Garantiu que estava muito arrependido e que agiu por ciúmes. C.M. e P.P. tinham uma relação de apenas dois meses, mas já viviam juntos.