Anúncio da demissão levou o presidente do Conselho de Administração e os 52 demissionários a uma Comissão Parlamentar da Saúde.
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O diretor clínico do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, que subscreveu um pedido de demissão coletivo em julho, afirmou esta quinta-feira, em reunião do conselho de administração daquela unidade de saúde, que nunca esteve demissionário.
"À sua posição como demissionário, ou não, respondeu que não estava demissionário, apenas assinou o abaixo-assinado coletivo que foi enviado para o Ministério da Saúde e não obteve respostas. Com a mudança de Governo ficará à espera de orientações", refere um documento do hospital que relata a reunião e a que a Lusa teve acesso.
A 05 de setembro foi anunciada a demissão do diretor clínico e 51 diretores e chefes de serviço nas instalações do Conselho Regional do Norte da Ordem dos Médicos, no Porto.
Os 52 profissionais redigiram uma carta de demissão em julho, altura em que ponderaram demitir-se, mas só no início de setembro entregaram o documento.
Em conferência de imprensa, no Porto, ao lado do bastonário da ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, José Pedro Moreira da Silva apontou então como causas para a demissão coletiva as "condições indignas de assistência no trabalho e falta de soluções da tutela".
Posteriormente, a 09 de outubro, o diretor clínico reiterou manter a sua intenção de demissão, caso o Orçamento de Estado de 2019 não contemplasse as "necessárias obras" desta unidade de saúde.
"A partir de dia 15 de outubro [data de entrega do Orçamento de Estado] se não vier lá algo para o Centro Hospitalar a decisão será abandonar o cargo, mas falo por mim, não pelos outros, mas atenção que não abandono o hospital, nem a sua gestão", afirmou na altura.
Nesse mesmo dia, José Pedro Moreira da Silva anunciou ter recolhido cerca de 300 assinaturas de especialistas clínicos num abaixo-assinado para entregar ao bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães.
Contudo, a Ordem dos Médicos confirmou à Lusa não ter, até esta quinta-feira, recebido qualquer documento.
Ainda na conferência de imprensa, após questionado pelos jornalistas sobre se entregou ou não um pedido formal de demissão, depois de o presidente do Conselho de Administração do centro hospitalar ter vincado nunca ter recebido nada a não ser uma carta sem remetente nem destinatário, o diretor clínico assumiu que houve um "problema burocrático".
"Nós apresentámos um pedido conjunto de demissão, mas pelos vistos não foi um ofício considerado normal, nós entendemos que o ofício era normal e eles entenderam que não era normal, portanto, apesar de estar demissionários, não estamos demissionários", disse.
Admitindo que "não existe, de facto, um ofício a solicitar a demissão", José Moreira da Silva assumiu que o pedido deveria ter sido entregue com remetente e destinatário, o que não aconteceu.
"Não existe um ofício a solicitar a demissão, ao contrário do que foi enviado ao ministro da Saúde, secretário de Estado da Saúde e Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte com o nome de todos os demissionários", vincou.
O anúncio da demissão levou o presidente do Conselho de Administração e os 52 demissionários a uma Comissão Parlamentar da Saúde.
A nova secretária de Estado da Saúde, que tomou posse na quarta-feira, pediu a demissão de diretora de uma unidade daquele centro hospitalar em março, seis meses antes das 52 demissões.
A agência Lusa está, desde o início da semana, a tentar falar com José Pedro Moreira da Silva, mas sem sucesso.
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