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Artigo exclusivo

PJ segue pista de gang juvenil na morte de Lucas

Ligação a grupo referenciado pelas autoridades policiais no Barreiro e Moita sob análise dos inspetores.

19 de fevereiro de 2021 às 01:30

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Lucas Miranda entrou numa espiral de violência e descontrolo durante o ano passado e começou a relacionar-se com elementos deste grupo. Em casa a mãe desesperava, mas também se tornou uma vítima, acabando por ter de pedir ajuda às autoridades. “Tenho 1,5m e ele mais de 1,7m. Já não o consigo controlar”, contou numa entrevista em que divulgava o desaparecimento do filho.

O processo acabou nas mãos da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens , que determinou a institucionalização do jovem. Lucas, que tinha sido adotado aos dois anos, voltou a ficar sem família e foi enviado para o Centro Tabor de Setúbal.

Mas a situação apenas piorou. Em apenas 15 dias, Lucas fugiu seis vezes do centro. E terá sempre voltado ao Barreiro. Há relatos de que em algumas dessas fugas voltou à escola Padre Abílio Mendes, que antes frequentava. Mas foi sempre enviado de volta para o Centro Tabor.

A última vez que fugiu foi a 15 de outubro e desde aí não voltou a ser visto. A mãe participou o desaparecimento e fez apelos para que se fizessem buscas, mas não havia qualquer pista. Desconhece-se o que fizeram os responsáveis do Centro Tabor, onde as fugas de jovens ocorrem com regularidade.

Até que, na segunda-feira, uma denúncia que chegou à PJ de Setúbal levou os investigadores ao local indicado – um poço a 150 metros da vedação do Centro Tabor. Na origem das buscas esteve o relato de um jovem que diz ter visto três outros rapazes a matarem Lucas e atirarem o corpo para o poço. A PJ acionou os bombeiros e confirmou-se a denúncia, mas a testemunha pouco mais ‘deu’ aos investigadores.

No fundo do poço, agora seco, estava o corpo já em avançado estado de decomposição. A envolvê-lo um lençol grosso, que terá sido usado para transportar o corpo de outro local até ali.

Os indícios até agora recolhidos apontam para que Lucas tenha sido morto no dia em que desapareceu. Só a autópsia, para a semana, vai permitir apurar a causa da morte.

Sapadores retiraram corpo de poço

Os Bombeiros Sapadores de Setúbal demonstraram esta quinta-feira, no quartel, como se realizou a operação de retirada do corpo do jovem do interior do poço. Uma tarefa que é complicada e exige vários materiais, entre cordas, arnês e macas, para garantir a segurança de todos os operacionais envolvidos.

A equipa de resgate é chefiada por Ulisses Aurélio que foi narrando ao CM todo o exerci. “Depois da preparação no cimo do poço, conseguimos descer os técnicos de resgate e é preparado o corpo em maca. Verificamos sempre e analisamos o perigo. É necessário estar sempre a fazer uma análise de gases tóxicos para garantirmos a segurança dos operacionais”, sublinhou. O fator mais importante “é sempre o tempo, o resgate com vida depende disso e é essa a diferença para a retirada de um cadáver”. O comandante da corporação, Paulo Lamego, referiu que a operação foi preparada na manhã de quarta-feira e só à tarde, “em segurança, foi retirado o corpo envolvido num lençol”.

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