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Artigo exclusivo

Rede de tráfico de droga no Porto usa códigos: ‘Sporting’ é canábis e ‘unhas’ são cocaína

Os 48 arguidos respondem por tráfico de estupefacientes. Destes, 13 estão em preventiva.

26 de julho de 2021 às 01:30

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Arguidos foram de autocarro
Arguidos foram de autocarro Marc Ricardo Silva/CMTV
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O grupo, que estava hierarquicamente organizado por outros subgrupos e nos quais cada um tinha a sua função, foi detido numa megaoperação da PSP a 9 de julho do ano passado. Sem enumerar nenhum valor resultante do crime, o Ministério Público, nas mais de 700 páginas da acusação, diz que os arguidos lucraram “avultadas quantias em dinheiro provenientes das vendas” da droga.

‘Sporting’, ‘verde’ e ‘camisola do Sporting’ eram os códigos para os traficantes se referirem a liamba e a canábis. Já ‘bilha’ e ‘barrote’ queriam dizer haxixe. ‘Ovos’ eram bolotas de haxixe. ‘Coisa grande’ e ‘tabletes’ eram placas de haxixe. ‘Bia’, ‘unhas’, ‘uma’ e ‘situação do nariz’ eram expressões sobre cocaína.

Nas vendas, os arguidos privilegiavam os contactos pessoais. Porém, diz o processo, alguns dos traficantes, conhecedores da forma de atuação da Justiça em Portugal, além de usarem palavras-chave, tentavam evitar ao máximo as comunicações e delinearam estratégias para evitar cenários de comprometimento pessoal. Davam, por isso, prioridade a conversas nas redes sociais como o Messenger, WhatsApp, Instagram e Telegram - sempre em aplicações móveis - para garantir que as autoridades nada conseguissem obter de prova da atividade ilícita que desenvolviam.

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