Crime remonta a 4 de outubro de 2019.
Homem em fuga à polícia atropela mortalmente uma pessoa e admite em tribunal que estava sob efeito de álcool e droga
Um homem, de 30 anos, admitiu esta terça-feira, no Tribunal de Coimbra, ter atropelado mortalmente outra pessoa, depois de se ter posto em fuga da polícia, em outubro de 2019, salientando ter tentado "travar" para evitar o atropelamento.
O alegado crime aconteceu a 4 de outubro de 2019, sendo o jovem, serralheiro natural de Coimbra, acusado de um crime de homicídio qualificado, um crime de condução perigosa e um crime de sequestro.
No início do julgamento, o arguido admitiu ter-se apercebido do peão, após "desfazer a rotunda" e refere que embateu com a parte dianteira direita do carro contra o indivíduo.
"Tentei travar, mas não consegui", frisou.
De acordo com a acusação, por volta das 02h00, o jovem ter-se-á deslocado no seu carro, um Honda Civic preto, até à Rua Pedro Olaio, junto à Loja do Cidadão, em Coimbra, onde se encontrou com uma amiga.
Uma hora depois, chegou ao local uma equipa da PSP, altura em que o arguido terá consumido cocaína dentro do carro.
Quando os elementos policiais "já se preparavam para abandonar o local, o arguido trancou as portas do carro e ligou o mesmo", com a sua amiga a perguntar-lhe o que estaria a fazer.
"Eu fiquei em estado de choque, com o facto de ter fechado as portas e ele arrancar", disse a amiga do jovem, em Tribunal.
De acordo com a acusação, o arguido arrancou imediatamente com o veículo, contra a vontade da sua amiga, que lhe pedia para sair da viatura.
"Fui sempre a pedir [para sair do carro]", afirmou no julgamento.
Os agentes da PSP foram em direção ao carro, com ordem de paragem, mas o homem terá ignorado e acabou por iniciar uma fuga em direção à avenida Fernão de Magalhães, em Coimbra.
Outros dois agentes encetaram uma perseguição automóvel ao arguido, que conduzia já em direção à Casa do Sal, sempre em grande velocidade e ignorando os gritos "em pânico" da sua amiga, que continuava a pedir-lhe para a deixar sair do carro.
O jovem, esta terça-feira em tribunal, confirmou que a sua amiga lhe "pediu para parar", no entanto ignorou o seu pedido.
O arguido admitiu que estava sob efeito de álcool, que tinha bebido ao jantar, e sob efeito de droga, concretamente, cocaína, que havia consumido no automóvel.
Logo após a rotunda de cruzamento da avenida Fernão de Magalhães com a rua Padre Estêvão Cabral, estava a passar a pé um homem, que atravessava a via de um lado para o outro, tendo o jovem embatido na parte dianteira direita do carro contra o peão, que foi projetado para a frente e que morreu no local, com várias lesões traumáticas.
A amiga do jovem, que estava no carro contra a sua vontade, ouvida em Tribunal, disse que alertou da presença de um peão, antes da rotunda, no entanto, não se recorda se houve travagem ou alguma manobra de desvio.
Segundo o Ministério Público, após o embate, o arguido prosseguiu a marcha até à estação de Coimbra-B, com intenção de deixar o carro naquela zona e dá-lo como roubado.
O arguido decidiu depois prosseguir a fuga e acabou intercetado por agentes da PSP junto à estrada de acesso ao Loreto, quando estes ordenaram, através de altifalante, para desligar o carro e imobilizá-lo junto à berma.
O jovem acabou por acatar as ordens, mas apenas por alguns segundos, encetando novamente a fuga.
Junto ao campo de futebol da Adémia, o arguido voltou a fazer o mesmo, quando outro agente lhe pediu para parar a viatura.
Depois de deixar a sua amiga em casa, acabou intercetado pela PSP por volta das 04:00, à saída da sua residência.
Na acusação, é referido que foi detetada a presença de cocaína no sangue, bem como uma taxa de alcoolemia de 1,64 gramas por litro.
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