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13 feridos, pessoas retiradas de casa e estradas cortadas: Tudo o que aconteceu durante incêndio em Cascais

Circulação na A5 retomada. Chamas ameaçaram habitações e obrigaram a evacuar canil.

25 de julho de 2023 às 17:43
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Populares desesperados ajudam no combate às chamas na aldeia do Cabreiro

O incêndio que deflagrou, na tarde desta terça-feira, no Parque Natural de Sintra-Cascais, feriu 13 pessoas, ameaçou habitações e obrigou à evacuação de localidades e do canil São Francisco de Assis. O incêndio foi dado como dominado pelas 4h00 desta quarta-feira.

Cerca de 70% do perímetro do incêndio florestal está dominado, adiantou à Lusa fonte da Proteção Civil, acrescentando que nove bombeiros sofreram ferimentos leves nos combates às chamas, maioritariamente todos por "situações de exaustão", enquanto quatro civis foram assistidos por inalação de fumos. 

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Imagens de drone mostram dimensão do incêndio que deflagrou no Parque Natural de Sintra-Cascais

O fogo que esteve perto do Hospital de Cascais gerou o pânico na unidade hospitalar que, no entanto, nunca esteve em risco. 

Ao início da noite, alguns dos mais de 700 animais do canil estavam resguardados das chamas, outros foram recolhidos em casas e alguns outros transportados para parte incerta, apurou o Correio da Manhã. 

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Incêndio em Cascais obriga à evacuação do canil São Francisco de Assis

CM sabe que A5 esteve cortada no nó de Alcabideche (sentido Lisboa-Cascais). No sentido contrário, a autoestrada esteve cortada no nó de Cascais. 

A circulação já está reaberta nos dois sentidos, anunciou esta quarta-feira a Brisa Autoestradas, em comunicado enviado à Lusa.

A localidade de Zambujeiro e o bairro do Cobre, no concelho de Cascais, foram evacuados devido ao incêndio florestal naquela zona, avançou a Guarda Nacional Republicana. A mesma fonte adiantou que a população está a ser retirada da aldeia por militares da GNR.

Na aldeia do Cabreiro, a população juntou-se para tentar apagar as chamas que ameaçam as casas. Ao que o CM apurou, pelo menos uma habitação foi consumida pelas chamas.

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"Os meus pais estiveram uma vida inteira a trabalhar para a casinha": Chamas ameaçam casas em Cabreiro

"Os meus pais estiveram a vida inteira a trabalhar para a casinha", referiu uma moradora daquela aldeia em visível estado de emoção. 

O alerta para a ocorrência foi dado às 16h58. 

No combate às chamas estão empenhados 499 operacionais, apoiados por 158 viaturas, de acordo com o 'site' da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).

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Equipa da CMTV relata momento de desespero no incêndio de Cascais

Comandante Regional de Lisboa e Vale do Tejo dá incêndio como dominado

"O incêndio está dominado, dentro do seu perímetro não há nenhuma situação preocupante". No entanto, nada garante que "não hajam pequenas reações", garantiu o Comandante Regional de Lisboa e Vale do Tejo, Elísio Oliveira.

Elisio Oliveira referiu ainda existem operações de rescaldo em todo o perímetro de incêndio e que está preparado um forte dispositivo de socorro para agir a qualquer momento.

De acordo com o comandante, dois dos feridos tiveram alta e seis mantêm-se em unidades hospitalares, existindo apenas uma situação de um problema ocular no Hospital de Santa Maria. Os animais retirados de canis já "regressaram aos locais de origem". 

Quanto ao regresso das pessoas que foram obrigadas a abandonar na terça-feira os locais que habitam, a situação está a ser avaliada estando ainda "um conjunto de habitantes na zona de apoio" em Alcabideche.

"A situação é dinâmica. O regresso dos habitantes é um trabalho que está a ser gerido pelo Serviço Municipal de Proteção Civil de Cascais e conforme se venham a verificar as situações de segurança as pessoas vão regressando às habitações", afirmou Elísio Oliveira.

A proteção civil pede aos automobilistas que não circulem nas áreas onde o fogo lavrou. "Aquilo que nós continuamos a pedir é para as pessoas não se dirigirem a esta zona. Estão aqui muitos meios de socorro. Não havendo necessidade de maior não circulem neste área. Pedimos à população da zona para manterem a atitude de civismo e seguirem as ordens pelas forças de segurança e pelos bombeiros", disse aos jornalistas.

Elísio Oliveira ressaltou, ainda, a importância não ter havido danos significativos num incêndio "desta envergadura".

"Esta é uma guerra muito injusta porque há sempre um conjunto de fatores que não dependem dos combatentes", disse o comandante, que aproveitou a intervenção para destacar o bom trabalho dos operacionais envolvidos.

Elísio Oliveira disse, ainda, que o dispositivo vai manter-se no local, de modo a garantir que não haja mais problemas. Para além dos feridos já conhecidos, o comandante deu informação de outro bombeiro que torceu o pé ao descer de um veículo e está em avaliação no hospital.

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Incêndio deflagra no Parque Natural Sintra-Cascais

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