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Quem é 'El Ruso': Recluso que fugiu de Vale de Judeus liderou gang que matou filhos de políticos na América do Sul

Rodolfo Lohrman chegou a ser o homem mais procurado da Argentina. Durante 14 anos achou-se que teria morrido. Apareceu em Portugal.

07 de setembro de 2024 às 15:31
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Quem é 'El Ruso': Recluso que fugiu de Vale de Judeus liderou gang que matou filhos de políticos na América do Sul

Rodolfo Lohrman, mais conhecido como 'El Ruso', tem um longo historial de violência, tanto na Argentina, onde nasceu, como em Portugal, onde foi detido. Era cabecilha de um perigoso gang e foi, em 2018, condenado a 18 anos de prisão. Era a cumprir essa pena que se encontrava na prisão de Vale de Judeus, em Lisboa, de onde fugiu este sábado com outros quatro reclusos.

O gang que liderava era procurado na Argentina por vários crimes macabros. Enterraram viva a filha do ex-presidente do Paraguai. Mataram o filho do ministro da Saúde da Argentina na mesma noite em que a família pagou o resgate. Raptaram empresários e assassinaram dezenas de pessoas na Tripla Fronteira (zona junto à foz do rio Iguaçu que limita Brasil, Argentina e Paraguai).

Estiveram desaparecidos durante 14 anos, foram dados como mortos e afinal Rodoflo (além de outro membro do gang) estava em Portugal. Antes de serem detidos - quando tentavam atacar uma carrinha de valores em Aveiro - fizeram cinco roubos violentos em bancos de Lisboa.

A prisão de 'El Ruso', agora com 59 anos, originou uma batalha diplomática, uma vez que vários países (Espanha, Alemanha, Argentina e Paraguai) queriam extraditá-lo para proceder ao seu julgamento. Apesar de ter uma base de apoio em Lisboa, o grupo cometeu vários crimes por toda a Europa.

'El Ruso' estava refugiado na Europa com José ‘Potrillo’ Maidana. Os dois gangsters argentinos, juntamente com um português que os apoiava, um espanhol e outro criminoso com origem no Leste da Europa, juntaram-se, em meados de 2014, para uma vaga de assaltos

Concretizou cinco roubos à mão armada em agências de Loures, Odivelas e Cascais. A PJ acredita que nos intervalos cometeram outros roubos semelhantes em Espanha e no resto da Europa.

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