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Portuguesa relata momentos de angústia sem saber da família nas Caraíbas

Rapariga de 18 anos desesperou durante horas por notícias da mãe e da irmã.

07 de setembro de 2017 às 11:01

O furacão Irma que tem assolado as ilhas das Caraíbas nos últimos dias impediu as comunicações entre os habitantes dos locais afetados e familiares por todo o mundo, que desesperaram por notícias do paradeiro dos seus entes queridos.

Eduarda, uma jovem portuguesa de 18 anos, contou ao CM que os momentos de aflição que viveu sem qualquer informação sobre o estado de saúde dos seus familiares, residentes na Ilha de Saint Barthélemy. Natural de Viseu, a jovem viu a sua mãe e o padrasto emigrar para a ilha caribenha, bem como os seus tios, há alguns anos. Desde então, nasceu a sua irmã, atualmente com dois anos, e a sua prima, com três. Durante mais de 24 horas, Eduarda não conseguiu contactar com os familiares, que se encontravam sem acesso a qualquer tipo de comunicação.

"Felizmente estão todos bem. Só espero que todos tenham o mesmo final, é horrível esta sensação de nada podermos fazer. É a nossa família e nós estamos com as mãos atadas, quando sabemos que tudo está bem é um alívio tremendo. Só peço que os horrores não passem das estruturas e que todos fiquem bem", disse a jovem depois de explicar que não falava com nenhum dos seus familiares desde quarta-feira de manhã, altura em que segundo a mesma, estes se encontravam no 'olho do furacão'.

"A zona onde a minha mãe mora, em Vitet, era considerada mais segura, no entanto, em Flamand, onde vive a minha tia, alguns habitantes receberam ordem de saída. Ela não foi para nenhum refúgio porque ficou em casa da minha mãe. No local não havia rede de telefone nem de internet e demoraram muito tempo a conseguir encontrar uma zona onde conseguissem dar notícias", conta ainda, explicando que a tempestade provocou um corte na eletricidade e nas comunicações da ilha.

Recorde-se que a ilha de Saint Barthélemy - um território francês conhecido por ter uma grande comunidade portuguesa - foi atingida pelo furacão Irma, o que fez com que muitas pessoas ficassem incontactáveis. Nesta ilha, os estragos ainda não foram contabilizados, mas estima-se que tomem grandes proporções.

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