A edição de hoje
Ministério Público pede condenação de quatro estudantes a trabalho a favor da comunidade.
O Ministério Público considera que os universitários que subiram para o muro junto à Universidade de Braga, a 23 de abril de 2014, "agiram com descuido" porque "era visível aos olhos do cidadão comum" a degradação da estrutura - que ruiu e matou três colegas. "Não há dúvidas que foi devido à ação dos arguidos que a estrutura caiu", disse ontem o magistrado, nas alegações finais do julgamento. Pediu, por isso, a condenação dos quatro alunos a uma pena suspensa, ficando obrigados à prestação de trabalho a favor da comunidade.
O magistrado ressalvou que, se tivesse sido ele o titular do caso na fase de inquérito, teria promovido a suspensão provisória do processo. Dessa forma, os arguidos não iriam a julgamento - poderiam pagar uma quantia a uma instituição ou fazer trabalho na comunidade.
Já o advogado das famílias das vítimas disse que os principais responsáveis pela tragédia não foram levados a julgamento. "O condomínio contactou a Câmara e a Câmara deu 15 dias ao condomínio para garantir a segurança da estrutura, mas a verdade é que ninguém fez nada", apontou.
Por outro lado, os advogados dos arguidos pediram a absolvição, alegando que eles nunca se aperceberam de qualquer perigo de queda da estrutura. Criticaram a peritagem da Universidade do Minho. "Não mediram, não pesaram, nem nada.
Limitaram-se a fazer uma peritagem visual", disse a advogada Fernanda Dias, que defende três dos arguidos.
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