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Acusado de matar ex-mulher na Madeira em silêncio no início do julgamento

Arguido, munido de um tubo de ferro, desferiu "pelo menos" três golpes na zona lateral da cabeça, abandonou o local e a vítima permaneceu na cama "como se continuasse a dormir".

16 de setembro de 2025 às 14:43

O homem acusado de ter matado a ex-mulher em outubro do ano passado, no concelho de Machico, na Madeira, remeteu-se esta terça-feira ao silêncio, na primeira sessão do julgamento.

O caso começou esta terça-feira a ser julgado no Juízo Central Criminal do Funchal do Tribunal da Comarca da Madeira.

De acordo com a acusação do Ministério Público (MP), lida pela presidente do coletivo de juízes, Teresa de Sousa, o homicídio ocorreu na manhã de 30 de outubro de 2024, enquanto a vítima estava a dormir.

O arguido, munido de um tubo de ferro, desferiu "pelo menos" três golpes na zona lateral da cabeça, abandonou o local e a vítima permaneceu na cama "como se continuasse a dormir".

O suspeito escondeu a carteira da vítima e o tubo de ferro numa zona de mato, tendo a mulher sido encontrada morta no quarto por um dos filhos.

O MP diz ainda que o homem "agiu com total insensibilidade e indiferença pela vida da vítima", numa ocasião em que a mulher "não podia oferecer qualquer resistência".

O arguido, em prisão preventiva, está acusado de um crime de homicídio qualificado.

O homem tem 53 anos e é natural da Argentina, mas com nacionalidade venezuelana, e tem dois filhos com a vítima.

Na sessão desta terça-feira, o tribunal começou a ouvir as primeiras testemunhas, entre as quais a filha da vítima e do arguido, a namorada do filho, entre outros familiares.

Foram relatadas situações de ciúmes e discussões entre o casal, mas as testemunhas disseram que nada faria prever o crime e rejeitaram situações de violência física antes do crime.

Segundo as testemunhas, o homem não era violento, nem consumia bebidas alcoólicas em excesso.

A filha da vítima, que disse que foi visitar uma vez o pai à prisão, indicou em tribunal que lhe perguntou o porquê de ter matado a mãe, tendo o homem respondido por várias vezes que "não sabia" porquê que tinha cometido o crime.

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