Arguido é acusado de um crime agravado de violência doméstica, um crime de homicídio qualificado na forma tentada, e três crimes de sequestro.
O Tribunal de Coimbra determina na segunda-feira a sentença a um homem de 68 anos acusado de regar a ex-companheira com gasolina e tentar queimá-la, em Tábua, pouco depois de o casal se ter separado.
O arguido, a morar no Luxemburgo, é acusado de um crime agravado de violência doméstica, um crime de homicídio qualificado na forma tentada, e três crimes de sequestro, dois dos quais contra os seus dois filhos.
Segundo a acusação a que a agência Lusa teve acesso, o arguido viveu durante 21 anos com a ofendida, a maior parte do tempo no Luxemburgo, deslocando-se com regularidade a Portugal, onde permaneciam num apartamento em Tábua, no distrito de Coimbra.
Depois de se terem separado em setembro de 2018, quando se encontravam no Luxemburgo, a mãe da vítima adoeceu e esta marcou uma viagem para Portugal para 01 de novembro.
Na véspera, o arguido resolveu surpreender a ex-companheira e viajou também para Tábua com os filhos.
De acordo com a acusação, a 02 de novembro de 2018, o arguido encontrava-se com a ex-companheira e os dois filhos no apartamento de Tábua, quando, pelas 08:30, saiu de casa e deslocou-se a um posto de abastecimento onde comprou uma bilha de cinco litros de gasolina, regressou ao apartamento e trancou a porta de entrada, retirando a chave da fechadura.
Munindo-se de um isqueiro, encheu uma garrafa de plástico de meio litro com o combustível e deslocou-se ao quarto do casal, onde estava a ex-companheira deitada, tendo começado por despir a camisa dizendo à ofendida que precisavam de falar dois minutos, contou o Ministério Público (MP).
Com um isqueiro numa mão e a garrafa com combustível na outra, o arguido aproximou-se da vítima e ameaçou-a: "Ou fazes amor comigo ou não ficas com ninguém".
Perante a recusa, os dois ter-se-ão envolvido numa luta corpo a corpo, acabando o combustível por ficar derramado no chão do quarto e no pijama e braço direito da mulher.
A ofendida tentou pegar no telemóvel e fugir de casa mas reparou que a porta estava trancada, tendo corrido até à varanda onde tentou ligar para o 112, mas sem sucesso, uma vez que o arguido alcançou a mulher e retirou-lhe o telemóvel das mãos, tentando parti-lo na bancada da cozinha.
No meio da confusão, a vítima conseguiu voltar à varanda e gritou por socorro e retirou o isqueiro da mão do arguido.
Entretanto, os filhos do casal acordaram, foram até à varanda e começaram também a gritar, tendo o arguido desistido de agarrar a ex-companheira, que acabou por conseguir ligar para o 112 através do telemóvel de um dos filhos.
Entretanto, duas vizinhas e uma funcionária da escola situada à frente da habitação acorreram ao local, tendo a ofendida e os dois menores conseguido sair do apartamento.
Já no Luxemburgo e depois do sucedido, o arguido voltou a ameaçar a sua ex-companheira tendo-lhe dito: "Se eu te apanhasse agora, dava-te um tiro na cabeça", salientou o Ministério Público, no despacho de acusação.
A leitura de sentença decorre na segunda-feira, às 14h00.
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