A edição de hoje
Jovem que esfaqueou colegas vai permanecer dois anos e meio internado.
O jovem que esfaqueou quatro pessoas numa escola em Massamá quando pretendia imitar um massacre foi condenado a dois anos e meio de internamento em regime fechado. A sentença foi conhecida esta terça-feira no Tribunal de Família e Menores de Sintra.
O menor – hoje com 16 anos, mas que à data dos factos tinha 15 – foi acusado pela prática dos crimes de terrorismo, tentativa de homicídio e ofensas à integridade física.
Pedro Proença explicou na semana passada que, nas alegações finais, o magistrado do Ministério Público (MP) "deixou cair a questão do terrorismo e as 66 tentativas de homicídio" – crimes pelos quais o jovem está acusado, segundo o despacho de promoção judicial do MP –, tendo o procurador defendido que o menor apenas praticou três crimes de homicídio tentado e três crimes de ofensas corporais.
De acordo com o advogado, o MP "não especificou nem quantificou" nenhuma pena, pedindo antes que qualquer medida que venha a ser aplicada "tem de ser revista com assiduidade, para que o menor tenha contacto com a família e a sociedade", além de "ter de ser adaptada ao momento e ao processo de recuperação do menor".
O advogado alegou, por seu lado, que, na eventualidade de ser aplicada uma medida de internamento, o menor seja colocado num centro educativo próximo da residência dos pais.
Pedro Proença pediu ainda que, numa fase inicial, o menor, de uma forma monitorizada e controlada, possa passar os fins de semana com os pais, na condição de que a medida seja revista regularmente com o objetivo de alargar o período de permanência com a família.
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