No Algarve, cerca de duas centenas de estudantes do Secundário, oriundos de várias escolas, percorreram as principais artérias da baixa de Faro, no âmbito da jornada nacional de luta que reivindica mais justiça nas políticas de educação.
O protesto terminou junto ao Governo Civil de Faro, onde uma delegação de alunos – de Faro, Olhão e Loulé – entregou um documento reivindicativo em que, entre outras medidas, exigem mais meios humanos e materiais nas escolas e mais facilidade no acesso ao Ensino Superior, com o fim da exigência da nota mínima de 9,5 valores.
Um pouco mais acima, em Beja, mais de cem alunos de seis escolas, também do Básico e Secundário, manifestaram-se junto ao Governo Civil para exigir políticas de educação “mais justas”, a introdução da disciplina de Educação Sexual e a revogação da Revisão Curricular.
Idênticas exigências motivaram o protesto dos centenas de estudantes de Vila Real. “Os alunos estão unidos e mobilizados”, afirmou Daniel Miguel, presidente da Associação de Estudantes da Escola Camilo Castelo Branco. Os elevados custos do ensino são outro motivo de queixa.
ALENTEJO PERDE 60 ESCOLAS
Cerca de 60 escolas do 1.º Ciclo do Ensino Básico no Alentejo vão encerrar no próximo ano lectivo, uma medida contestada por autarquias e populações, mas que a tutela justifica com a melhoria da qualidade educativa.
O director regional de Educação do Alentejo, José Verdasca, explicou que existem na região 463 escolas do 1.º Ciclo do Ensino Básico, das quais cerca de seis dezenas deverão encerrar até ao início do próximo ano lectivo. Os estabelecimentos cujo fecho está previsto, no âmbito do plano de reordenamento do parque escolar do Governo, distribuem-se pelos distritos de Évora, Beja, Portalegre e Litoral Alentejano. “Trata-se de escolas que têm até cinco alunos, em áreas mais rurais, interiores e despovoadas, havendo um ou dois casos de escolas com cerca de dez alunos”, disse.
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