Luís Bernardo revelou que o clube dos encarnados irá abrir processos-crime contra o presidente dos dragões.
1 / 2
O Benfica remeteu esta sexta-feira para o Ministério Público o apuramento sobre a veracidade ou não dos 'e-mails' apresentados pelo FC Porto, que acusa de crime económico, e vai requerer a reabertura do processo Apito Dourado.
"Se o FC Porto alega que tem informação confidencial do Benfica, significa que também tem informação comercial, nomeadamente de contratos da SAD com empresas de multimédia e de telecomunicações. E isso é um crime grave e o Benfica vai abrir um conjunto de procedimentos", disse o diretor de comunicação do Benfica, Luís Bernardo, em declarações à BTV.
No entanto, quando questionado sobre se os 'e-mails' são ou não verdadeiros, respondeu que cabe ao Ministério Público apurar se foram falsificados ou descontextualizados e pediu "uma investigação célere, profunda, rigorosa, para que a verdade venha ao de cima e sejam apurados os responsáveis".
Luís Bernardo referiu que este caso dos 'e-mails' surgiu há duas ou três semanas, levando o Benfica a abrir, desde logo, um processo-crime contra desconhecidos por violação de correspondência privada, e já teve desenvolvimentos, com o clube a recolher dados graves, na sequência das perícias técnicas que promoveu, que serão oportunamente canalizados para o Ministério Público e que serão do conhecimento público.
Luís Bernardo revelou que o Benfica irá abrir processos-crime contra o presidente do FC Porto, Pinto da Costa, e a administração da SAD portista, na sequência de "centenas de denúncias que recebeu sobre pressões e coações a agentes desportivos", nomeadamente de responsáveis portistas, uma conduta que vem do passado e se mantém no presente".
"Vamos requerer a reabertura do processo Apito Dourado para que sejam analisadas a legalidade das seis mil escutas de muitas das pessoas relacionadas com casos do passado e que estão envolvidas em casos dos últimos dois anos", disse o diretor de comunicação do Benfica.
Avançou com alguns exemplos recentes: "O árbitro Rui Costa foi explicitamente ameaçado, após o jogo do FC Porto com o Arouca, pelo presidente Pinto das Costa. O diretor do FC Porto, Luís Gonçalves, ameaçou o árbitro Tiago Antunes, após o jogo com o Sporting de Braga, que tinha a carreira comprometida. O líder da claque do FC Porto afirmou nas redes sociais que a sua equipa iria perder com o Moreirense para o Tondela descer de divisão. Vamos requerer uma investigação completa a tudo isto".
O presidente do Sporting, Bruno de Carvalho, também foi visado: "Num recente encontro com jornalistas gabou-se de ter afastado o anterior presidente do Conselho de Arbitragem, Vítor Pereira, de ser nomeado para a UEFA e que foi ele quem escolheu Pedro Proença para a presidência da Liga, o que tipifica um crime de tráfico de influência".
Questionado se o Benfica já tinha sido contactado pelo Ministério Público na sequência deste caso dos 'e-mails', Luís Bernardo negou que tal tivesse acontecido, mas frisou que o clube está tranquilo e de portas abertas para o cabal esclarecimento de tudo o que aquele organismo entender que deva ser esclarecido.
Luís Bernardo revelou que o Benfica teve acesso a informação sobre o atual Diretor de Comunicação do FC Porto, Francisco J. Marques, que tem revelado o conteúdo dos 'e-mails' no Porto Canal, segundo a qual este já tinha um contrato de trabalho com o FC Porto quando era jornalista da Agência Lusa.
"Não sei se é verdadeiro ou falso, mas a informação que temos indica que já recebia uma avença do FC Porto quando desempenhava as funções de editor do Desporto da Agência Lusa", revelou Luís Bernardo, lembrando, ainda, a queixa que o Benfica interpôs na Entidade Reguladora da Comunicação (ERC) contra Francisco J. Marques pela prática de jornalismo tendencioso.
O diretor de comunicação dos 'encarnados' não tem dúvidas de que houve uma violação do sistema informático do Benfica e compreende que o FC Porto não tenha coragem para assumir que o fez, porque, a fazê-lo, teria de entregar toda a informação que possui, na qual constam pressões e coações a agentes desportivos feitas pelo clube portista, e que não lhe interessa revelar.
Questionado sobre a acusação da existência de um 'polvo' do Benfica, Luís Bernardo rebateu-a, com o argumento de que os presidentes da Liga e do Conselho de Arbitragem, Pedro Proença e José Fontelas Gomes, respetivamente, foram lá postos pelo FC Porto, além de que o atual presidente da FPF, Fernando Gomes, saiu dos quadros do FC Porto.
"O que se pretende é criar uma cortina de fumo para desviar as atenções da grave crise desportiva e económica do FC Porto e desvalorizar e denegrir os sucessos desportivos do Benfica, levantando lama sobre tudo e todos, nomeadamente os árbitros", disse o diretor de comunicação do Benfica, assegurando que o clube mantém confiança inequívoca no assessor jurídico da SAD, Paulo Gonçalves, cujo nome surge envolvido na troca de 'e-mails' com alguns agentes da arbitragem.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário.
O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.