A edição de hoje
Bebé ficou internada durante 30 dias no Hospital de São João, no Porto. Queimaduras provocaram "consequências permanentes" em termos de cicatrizes.
Botija de água quente queima bebé durante exame médico. Hospital de Gaia e enfermeiros foram condenados 12 anos depois
Uma bebé, com seis meses, engasgou-se quando estava a ser amamentada e foi levada pelos pais para o serviço de urgência do Hospital de Gaia, em agosto de 2013. Na sala de cirurgia, quando era sedada durante um exame de broncofibroscopia, a bebé, que tinha apenas vestido um 'body', sofreu queimaduras de primeiro grau na perna direita e de segundo na perna esquerda.
De acordo com o Jornal de Notícias, foi utilizada uma botija de água quente para evitar a hipotermia da bebé durante o exame. A botija foi colocada debaixo do lençol em cima da marquesa onde estava a menina. No entanto, quando a equipa médica teve de substituir o cateter, a bebé movimentou-se e a botija acabou por perder a cobertura do resguardo, ficando em contacto direto, durante cerca de 20 minutos.
As queimaduras que a menina sofreu provocaram "consequências permanentes" em termos de cicatrizes, cita o Jornal de Notícias. A bebé ficou internada durante 30 dias no Hospital de São João no Porto.
Mais de uma década depois do acontecimento, o Tribunal Administrativo e Fiscal do Porto condenou a Unidade Local de Saúde de Gaia/Espinho e dois enfermeiros do hospital a indemnizar a criança. A mesma fonte, avança que o tribunal admitiu que a criança, agora com 12 anos, possa "necessitar de uma cirurgia reconstrutiva, se as cicatrizes apresentarem retração ou tiverem repercussão na autoimagem da criança".
Os factos foram confessados em tribunal pelos enfermeiros que pediram desculpa aos pais da criança. A Justiça responsabilizou o hospital pelo sucedido.
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