Três das 12 vítimas portuguesas serão da freguesia de Fajões, Oliveira de Azeméis.
Tragédia desfaz família de Cinfães
O presidente da Câmara de Oliveira de Azeméis, Hermínio Loureiro (PSD), disse esta sexta-feira que o município já disponibilizou apoio psicológico e social às famílias das vítimas mortais do acidente ocorrido perto de Lyon, em França, que eram naturais do concelho.
Segundo o autarca, há indicação de que três das 12 vítimas portuguesas serão da freguesia de Fajões, Oliveira de Azeméis, apesar de ainda não haver uma confirmação oficial.
"Logo que tive conhecimento telefonei ao presidente da junta da Fajões disponibilizando o apoio psicológico dos nossos técnicos da Câmara às famílias das vítimas", disse Hermínio Loureiro.
Três vítimas mortais são de Fajões
O autarca referiu ainda que a vereadora da Ação Social já se encontra no terreno e a rede social do município "já esta a trabalhar para tentar encontrar soluções".
"Estamos a acompanhar a situação e em contacto permanente com a junta de freguesia", adiantou.
Contactado pela Agência Lusa, o presidente da Junta de Fajões, Jorge Paiva, disse já ter visitado as casas das famílias de duas das vítimas mortais.
Numa das situações, o autarca referiu que foi necessário chamar os Bombeiros para prestar apoio à esposa de uma das vítimas que "estava angustiada".
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"Para já é só meras hipóteses. Sabemos que são daqui. As pessoas estão aflitas mas a confirmação ainda não há", disse o presidente da Junta, adiantando que se vive um clima "constrangedor" na freguesia.
Os doze portugueses, com idades entre os 7 e os 63 anos, morreram na sequência de um choque frontal entre a carrinha em que seguiam e um veículo pesado. A carrinha desviou-se para a faixa contrária e colidiu de frente com o camião.
O veículo em que seguiam os portugueses saiu da Suíça por volta das 21h00 de quinta-feira e teria como destino a Portugal. O acidente ocorreu por volta das 23:45 na estrada nacional 79, perto de Lyon, na localidade de Moulins.
Câmara de Trancoso presta apoio psicológico
A Câmara de Trancoso está a prestar apoio psicológico a familiares de uma das vítimas mortais do acidente ocorrido em França, e também à família do proprietário do veículo e do condutor que foi o único sobrevivente.
Vídeo mostra local após a tragédia
O presidente da autarquia, Amílcar Salvador, esteve na tarde de hoje na aldeia de Palhais, acompanhado pelo vereador da ação social, Humberto Almeida, e por duas psicólogas do município.
Naquela localidade, que dista 14 quilómetros de Trancoso, o autarca contactou com os pais do proprietário da viatura envolvida no acidente, que são também avós do condutor, de 19 anos, e cunhados de uma das vítimas mortais, João Santos, de 61 anos.
Segundo o autarca Amílcar Salvador, João Santos, que tinha como destino a aldeia de Palhais, onde tem uma casa de habitação, viajava na companhia de uma irmã, Amélia Santos, 57 anos, e do marido desta, José Manuel, 58 anos, que são naturais de Arnas, no vizinho concelho de Sernancelhe, distrito de Viseu.
O presidente da autarquia de Trancoso disse à agência Lusa que "a primeira palavra da parte da Câmara Municipal vai para todas as famílias enlutadas devido a todas as pessoas que efetivamente faleceram neste acidente".
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"Nesta hora de luto e de dor e de sofrimento queremos deixar essa palavra a todas as famílias e obviamente que, sendo o empresário envolvido nessa tragédia e também o jovem Ricardo [o condutor] que sobreviveu, sendo natural daqui e pertencendo aqui, tendo muitos familiares e amigos aqui em Palhais, no concelho de Trancoso, naturalmente que tentamos nesta hora difícil para eles, prestar o apoio possível, o apoio psicológico e sobretudo dar-lhe algum conforto, o conforto possível, nesta hora de tristeza, de luto e de dor", afirmou.
Amílcar Salvador assegurou que o seu município vai continuar a apoiar os familiares quando o empresário e o jovem condutor regressarem à sua terra, indicando que os técnicos da área social e psicológica prestarão "o apoio possível e necessário nesta hora de tão grande sofrimento".
A psicóloga da autarquia de Trancoso, Celina Pinto, disse à Lusa que o apoio aos familiares "pode ser importante" nesta fase e que irá continuar nos próximos dias.
"Pelo menos, informar os familiares das vítimas e envolvidos, que existem serviços para os munícipes, quando eles regressarem. Também deixar alguma orientação no sentido de que não controlamos tudo e que devemos, quando regressarem os envolvidos, não alimentar sentimentos de culpa, pelo contrário", referiu.
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A psicóloga disse que "as vítimas e os envolvidos estão hospitalizados e a ter o devido acompanhamento, tanto nos cuidados médicos como psiquiátricos também, mas quando regressarem é natural que esse acompanhamento tem que ser continuado".
Celina Pinto reconheceu ainda que numa época festiva, como é a da Páscoa, "é sempre" complicado lidar com morte "na medida em que as famílias reúnem-se para festejar e para celebrar aspetos positivos, não propriamente para iniciar um processo de luto".
Na aldeia de Palhais, com cerca de 200 habitantes, a notícia do acidente foi recebida com grande tristeza.
Autarca disponível para ajudar familiares de vítimas de Arnas
O presidente da Câmara de Sernancelhe, Carlos Silva Santiago, mostrou-se hoje disponível para ajudar "em tudo o que for preciso" os familiares das três vítimas mortais do acidente ocorrido perto de Lyon, em França, que eram naturais do concelho.
O autarca deslocou-se hoje à tarde à freguesia de Arnas, de onde era natural o casal José Manuel e Amélia e o irmão desta, João, que tinha casado em Palhais, uma aldeia do concelho vizinho de Trancoso.
"Estive com os pais do senhor José Manuel e com uma irmã e coloquei-me à disposição para tudo o que fosse preciso", disse à agência Lusa.
Carlos Silva Santiago referiu que está também a acompanhar de perto a situação da mãe de Amélia e de João, uma idosa que nos próximos dias completa 90 anos e se encontra no Lar da Santa Casa da Misericórdia de Sernancelhe.
"É uma situação muito chata porque, com estas duas mortes, a senhora perdeu os filhos todos", lamentou, acrescentando que ainda no ano passado lhe tinha morrido um outro filho.
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