Suspeito terá ainda de pagar 30 mil euros à família da vítima.
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O homem que raptou e violou uma menina de sete anos, no Seixal, foi condenado esta quarta-feira a sete anos de prisão.
O suspeito foi condenado ao pagamento de 30 mil euros à família da vítima, ficando impedido de exercer qualquer profissão ligada a menores durante dez anos.
Virgílio Mendonça admitiu a culpa pelos crimes de rapto e violação agravada à menina de sete anos no Seixal, durante a sessão a que foi presente a juiz durante esta quarta-feira, no Tribunal de Almada.
Virgílio Mendonça abordou a criança quando a menina estava a brincar num parque infantil junto às Piscinas da Amora, no Seixal, acompanhada por dois primos menores.
O agressor disse à menina que era seu familiar, fazendo com que fosse com ela. Depois violou-a e, de seguida, abandonou-a à beira da estrada, durante a madrugada do dia seguinte.
Segundo o juiz, a "gravidade da conduta" do arguido, a admissão da culpa, o sofrimento causado à menor, a "falta de empatia", a dependência do álcool e as "consequências psicológicas" causadas à criança, foram alguns dos fatores que contribuíram para o agravamento da pena.
Nesta sessão, o tribunal referiu que o arguido "confessou praticamente na integra o crime", tendo reconhecido ter atração por crianças "desde os 16 anos", a intenção de "natureza sexual" quando abordou a menina e a violação que exerceu sobre ela, por duas vezes.
Apesar de não admitir que a ameaçou de morte, o tribunal considerou que esta ação ficou provada tendo em conta o testemunho da criança de 7 anos, o qual descreveu como "organizado, coerente e plausível" e com "inúmeros detalhes".
"A criança descreveu o seu estado de espírito no momento. Disse que chorou, que queria a mãe e que este a ameaçou. Disse também que ele estava raivoso", explicou o juiz.
A agressão ficou também provada através dos exames realizados no Hospital Garcia de Orta, em Almada, apresentando um "hematoma no braço" e um "sangramento na vagina", que confirma a violação sexual.
A indemnização de 30 mil euros, segundo o tribunal, foi decretada não só pelo sofrimento causado à criança, mas também pela mãe da menor que está "destruída", sentindo-se culpada por ter deixado a menina sozinha no parque infantil enquanto mudava a fralda a outro filho, em casa, a cerca de 100 metros.
De acordo com o tribunal, o arguido abordou a criança no parque, usando a "astúcia" para a convencer de que era um familiar e que a iria levar a uma festa, levando-a para um descampado onde a obrigou a despir-se, "ameaçou de morte" e violou.
Mais tarde, levou-a para uma casa abandonada onde "voltou a violar" a menina e onde a abandonou, tendo sido encontrada mais tarde por um popular.
Segundo declarações da PSP de Setúbal à Lusa, o desaparecimento da criança foi comunicado pela mãe, em 01 de setembro de 2018, pelas 18h15.
Já perto das 05h00 do dia seguinte, a esquadra da Cruz de Pau recebeu o telefonema de um popular a dizer que tinha encontrado a criança.
Virgílio Mendonça foi detido em 04 de setembro, após a denúncia de um cidadão, tendo sido presente a tribunal no dia seguinte, onde foi lhe foi aplicada a medida de coação mais gravosa, a prisão preventiva.
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