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Conversa ao telefone com amiga foi a última de Susana Gravato. Vereadora da Câmara de Vagos encontrada morta em casa

Está tudo em aberto, mas há vários sinais a apontar para para um assalto violento. Marido encontrou Susana em paragem cardiorrespiratória.

22 de outubro de 2025 às 01:30

Susana Gravato, vereadora do PSD da Câmara de Vagos, foi encontrada pelo marido em paragem cardiorrespiratória (PCR), na residência de ambos, na Rua Parque de Campismo, na Vagueira. É provável que tenha sido assassinada, uma vez que o corpo apresentava graves ferimentos na cabeça e se encontrava tapado dos pés à cabeça com uma manta. Não está afastada a possibilidade de uma morte ocorrida durante um assalto. Mas, para já, a PJ mantém todas as hipóteses em aberto.

Certo é que tudo aconteceu ao princípio da tarde. Susana Gravato encontrava-se ao telefone com uma amiga, funcionária da autarquia, quando, de repente, disse “ai” e se fez silêncio. A amiga tentou restabelecer o diálogo, ligando de novo, mas Susana já não atendeu. Dada a ausência de resposta, ligou para o marido da vereadora, que trabalha numa empresa relativamente próxima da casa. Foi então que este encontrou a mulher deitada no sofá, tapada e ensanguentada. Ligou para o 112 e, enquanto o socorro não chegava, realizou manobras de reanimação, continuadas depois pelos bombeiros. À chegada da viatura de médica de emergência e reanimação, percebeu-se que nada havia a fazer. Dado o cenário encontrado, resultado de grande violência, o caso foi comunicado à PJ de Aveiro.

Numa primeira analise, os inspetores ter-se-ão apercebido de que algumas divisões estariam remexidas. Outro dado que lhes terá chamado a atenção e que poderá dar consistência à tese do assalto: foi encontrado um saco com dinheiro. Poderá ter sido deixado pelos alegados assaltantes na fuga. É todo este conjunto de elementos que a PJ procura agora reunir, além da audição de testemunhas, para apurar o que realmente se passou.

Susana Gravato tinha 49 anos e desde os seis que residia na Vagueira, freguesia da Gafanha da Boa-Hora, concelho de Vagos. Era licenciada em Direito e exercia Advocacia desde 2005. Era militante do PSD desde 1994, tendo feito parte da JSD. Entre 2009 e 2013, foi membro da Assem- bleia Municipal de Vagos, eleita pelo Movimento Vagos Primeiro. Atualmente, era vereadora da Câmara de Vagos com os pelouros da Adminis- tração Geral, Ambiente, Proteção e Saúde Animal, Justiça (Reinserção Social, Violência Doméstica, Julgados da Paz e Apoio a Vítimas de Crime), Coesão Social e Maioridade. O marido é empresário e diretor da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vagos.

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