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Deixa namorada à morte e foge

Jovem nega ter empurrado a vítima e diz que fugiu com medo.

13 de abril de 2016 às 09:36

"Ela escorregou e caiu, só a vi lá em baixo aos rebolões." Rui Figueira, de 20 anos, começou assim a justificar-se, ontem, no Tribunal de Arganil, dizendo-se inocente da acusação de ter empurrado a namorada por um penhasco causando-lhe a morte. Responde por homicídio qualificado e profanação de cadáver de Andreia Santos, também de 20 anos. O crime ocorreu em julho de 2014.

Após a queda, de 15 metros de altura, o arguido deslocou-se para junto da vítima. "Ela ainda tinha pulsação e gritava com dores", contou, dizendo que depois fugiu do local com medo que o acusassem e "em pânico".

O arguido admitiu que, antes de fugir, tirou o telemóvel a Andreia, retirando-lhe os cartões do interior. De seguida dobrou-os, inutilizando-os, e escondeu-os. Mas não soube explicar porquê.

Ao coletivo de juízes, Rui Figueira não deu pormenores e alegou muitas vezes não se recordar do que aconteceu. Na fase de instrução do processo, incriminou o pai dizendo que foi este que empurrou a vítima. Ontem garantiu que só o fez porque estava zangado com o progenitor. Admitiu ainda não gostar do comportamento obsessivo da rapariga, que num só dia lhe chegou a enviar 77 mensagens de telemóvel.

Andreia esteve dada como desaparecida e os seus restos mortais apareceram quatro meses após o crime. A descoberta recente de um crânio na mesma zona, que poderá pertencer a Andreia, levou o tribunal a pedir uma análise com urgência. As alegações finais ficaram agendadas para 23 de maio.

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