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Demolição de sete barracas em Loures deixa 16 pessoas sem casa

Operação foi desencadeada em articulação com a empresa E-Redes "de forma a desligar ligações ilegais de energia".

24 de abril de 2025 às 19:41

O movimento Vida Justa acusou esta quinta-feira a Câmara Municipal de Loures de ter deixado 16 pessoas sem alternativa habitacional, na sequência da demolição de sete construções abarracadas no bairro do Talude Militar.

Fonte oficial da autarquia do distrito de Lisboa, presidida pelo socialista Ricardo Leão, tinha confirmado esta tarde à agência Lusa que o município demoliu sete barracas, que tinham sido construídas de forma ilegal no sábado.

A mesma fonte acrescentou que a operação foi desencadeada em articulação com a empresa E-Redes, "de forma a desligar ligações ilegais de energia" e que se desconhecia se estariam habitadas.

Contudo, esta versão da Câmara de Loures foi negada pelo movimento Vida Justa, que acusou a autarquia de deixar sem alternativa habitacional oito famílias, num total de 16 pessoas.

"As casas foram partidas com os pertences das pessoas lá dentro. Estas pessoas chegaram do trabalho e tinham a sua casa destruída. Vão ficar a dormir na rua", afirmou Gonçalo Filipe, do Movimento Vida Justa.

Questionado sobre o facto de as construções terem sido edificadas no sábado, o ativista defendeu que mesmo que assim fosse as pessoas deveriam ser realojadas.

"É uma situação que requer a compreensão da Câmara de Loures e de todas as câmaras do país. O problema não termina com a demolição das casas. As famílias deste bairro devem é ser realojadas", argumentou.

A Lusa voltou a questionar a Câmara de Loures e ainda aguarda uma resposta.

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