Um jovem de 21 anos morreu anteontem electrocutado no interior da Estação de Metro do Rato, em Lisboa, onde se havia deslocado para alegadamente fazer graffitis. A vítima, conhecida como ‘Vneno’, ter-se-á desequilibrado quando tentava chegar a composições estacionadas num cais de manobras, caindo à linha, onde sofreu forte e fatal descarga eléctrica.
Pouco passava das 22h00 quando Miguel Ângelo Simões Henriques, nome verdadeiro do ‘Vneno’, residente em Santo António dos Cavaleiros, Loures, chegou à estação do Rato, como um normal passageiro, entrando pelo átrio de acesso ao cais, e deslocando-se até à plataforma de embarque.
Com as composições do Metro estacionadas no cais de manobras já dentro do seu campo de visão, ‘Vneno’ decidiu descer, usando um muro estreito e lateral aos carris para fazer o percurso que o separava do local.
Um alegado desequilíbrio terá, no entanto, posto fim ao caminho, e à vida, de Miguel Ângelo. Tombando para a linha já perto das composições estacionadas, o jovem sofreu uma descarga eléctrica de cerca de 750 volts, que lhe causou a morte .
Vazão de Almeida, administrador do Metropolitano de Lisboa, explicou ao nosso jornal que o cadáver do jovem foi encontrado, debaixo de uma carruagem de Metro, por um funcionário, com uma lata de tinta e uma máquina fotográfica ao lado. A ocorrência levou à interrupção da circulação na linha amarela, que só foi retomada pelas 00h40 de terça-feira.
O administrador do Metro referiu ainda que o caso baixará agora a inquérito, esperando-se que a cassete do sistema de videovigilância ajude a explicar o sucedido.
"VAMOS SENTIR A FALTA DELE, ERA ESPECTACULAR"
“Ele era uma pessoa espectacular. Vamos sentir a falta dele.” Os amigos do Miguel Ângelo ainda nem acreditam na morte trágica do jovem. Habituados à omnipresença das pinturas do ‘Vneno’ (nome que o Miguel Ângelo usava para identificar as suas obras) em vários pontos de Santo António dos Cavaleiros e arredores, este grupo de sete jovens pouco ou nada sabe sobre os motivos que levaram o amigo até à estação de Metro do Rato, na noite de segunda-feira.
“Estivemos com ele na tarde de ontem [anteontem], e ele estava perfeitamente normal. Não nos disse nada sobre o que queria fazer”, explicou ao CM Pedro Santiago, colega do Miguel Ângelo no curso de Técnicos de Qualidade, ministrado no Centro de Apoio e Formação local. “Havia poucos como ele”, garantiu, com ar triste, Andreia Forte, outra colega do jovem.
VIDEOVIGILÂNCIA
O Metropolitano de Lisboa não dá o caso por encerrado e espera poder encontrar a forma precisa como ocorreu o acidente fatal. Para tal, os elementos da comissão de inquérito encarregues de averiguar as circunstâncias em que ocorreu o acidente vão analisar as gravações do sistema de videovigilância.
OUTROS CASOS
Um homem de nacionalidade romena, aparentando 30 anos, morreu electrocutado, na estação do Saldanha, em Junho de 2000. Na altura, o porta-voz do Metro explicou que a vítima ia mudar de cais de embarque quando tocou num carril de alta tensão. Há dois meses na Baixa-Chiado foi um sem-abrigo a ficar electrocutado.
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