ERC anunciou esta segunda-feira a abertura de um procedimento de averiguações a uma reportagem sobre o incêndio que deflagrou em Pedrógão Grande.
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A direção de informação da TVI garantiu esta segunda-feira que "não recebe lições de ninguém sobre sensibilidades profissionais", reagindo assim à abertura de um processo de averiguações por parte do regulador da Comunicação Social a uma reportagem daquela estação.
Judite Sousa criticada por reportagem ao lado de corpo carbonizado
Num comunicado divulgado esta segunda-feira, a direção de informação da TVI considera "perfeitamente normal e inquestionável" a abertura de um processo de averiguações sobre a cobertura jornalística dos acontecimentos em Pedrógão Grande, no entanto questiona por que é que essas averiguações incidem apenas numa reportagem emitida no domingo no Jornal das 8, esclarecendo que "o Jornal Nacional da TVI acabou em 2009". "Isso é algo que já não se entende e carece de uma explicação por parte do regulador", defende.
"Porquê a TVI? Porquê só a TVI? E o que de especial havia nessa reportagem que motiva a ERC justificar-se com uma sintonia 'com a sociedade portuguesa' que nunca ninguém viu? Ou de ensaiar julgamentos morais com critérios que não são explicados, mas que, no entender dos conselheiros, serão suficientes para calibrar o que os próprios consideram ser 'uma sensibilidade profissional a toda a prova'", questiona a direção de informação, garantindo que "não recebe lições de ninguém sobre sensibilidades profissionais", "nem do regulador, que se deve limitar ao cumprimento do seu dever e da missão que lhe foi fixada pelas leis da República".
A direção de informação alega que "há órgãos de comunicação social que decidiram revelar as fotos de crianças que morreram nos incêndios" e que "outras televisões abriram os seus principais serviços noticiosos mostrando corpos espalhados no chão", mas que "não têm sido essas as opções editoriais" da TVI.
Os responsáveis pela informação do canal garantem que a TVI "tem procurado respeitar a dor de quem sofre, sem a esconder".
Apesar de a ERC não referir qual a reportagem em causa, em relação à qual recebeu "mais de 100 participações que contestam o plano televisivo em que aparece um dos cadáveres da tragédia", a direção de informação admite que deverá tratar-se de "uma reportagem 'live on tape' que a jornalista diretora-adjunta da estação [Judite de Sousa] realizou em aldeias onde bombeiros ou equipas de resgate tinham sequer ainda chegado".
Num dos locais onde a jornalista realizou a reportagem "estava efetivamente um cadáver, estendido há muitas horas e tapado com um lençol branco -- a pior das metáforas da incapacidade da assistência civil atender todas as populações que foram implacavelmente atacadas pelas chamas". Para a direção de informação da TVI, "esta circunstância confere um evidente relevo informativo, que não compete ao regulador definir".
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