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Droga dá fortuna a ‘Vítor do Ouro’

Acusação apresenta provas. Arguido fica em silêncio.

10 de janeiro de 2017 às 08:37

Os lucros da rede chefiada por Vítor Cardoso, de 46 anos, mais conhecido no meio como ‘Vítor do Ouro’, eram sempre na ordem dos 100 por cento.

Cada pacote de dois quilos de heroína custava 56 mil euros e rendia ao ‘barão da droga’ a mesma quantia. Já um carregamento de quatro quilos de heroína tinha um lucro que ascendia aos 130 mil euros. O arguido, a sua companheira e dois funcionários começaram ontem a ser julgados no tribunal de São João Novo, no Porto, por tráfico de estupefacientes agravado e associação criminosa.

Em tribunal, ‘Vítor do Ouro’ recusou-se a prestar declarações. Também Carla Almeida, conhecida por ‘Lailai’, companheira do arguido, não falou ao coletivo. À audiência faltou Fernando Moreira, um dos empregados do homem que é considerado o maior traficante do Grande Porto.

Apenas Liliana Queirós, a outra empregada, aceitou falar aos juízes e confirmou que Fernando lhe pediu para guardar "uma mala preta" na sua casa – onde afinal estavam guardados 20 quilos de heroína e cinco de cocaína.

"Ele pediu-me este favor e eu acedi. Ele disse que eram só algumas horas. Mas como ele não apareceu e eu sabia que ele já tinha estado preso por tráfico de droga, desconfiei e disse para ele ir lá tirar aquilo. Dei- -lhe a chave da garagem para o fazer", disse ontem Liliana em tribunal, garantindo não conhecer ‘Vítor do Ouro’ nem ‘Lailai’.

O grupo foi desmantelado pela Judiciária na véspera de Natal de 2015. ‘Vítor do Ouro’ e Liliana estão em preventiva.

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