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Duas frentes em vertentes da Serra da Lousã com evolução "complicada"

Presidente do município revelou que 53 pessoas foram retiradas de várias aldeias como medida preventiva.

14 de agosto de 2025 às 20:47

O incêndio na serra da Lousã, distrito de Coimbra, evoluía esta quinta-feira à tarde "com duas frentes" e obrigou à retirada preventiva de 53 pessoas de várias aldeias, numa situação descrita como "complicada" pelo presidente do município.

"Temos duas frentes, uma mais no sentido ascendente e outra mais descendente", disse Luís Antunes, presidente da Câmara Municipal da Lousã, acrescentando que as chamas lavram numa vertente junto à aldeia de Cerdeira e "depois numa vertente virada mais a sul".

Embora as duas vertentes possam ter uma orientação para o vizinho concelho de Castanheira de Pera, no distrito de Leiria, o presidente da autarquia da Lousã disse que até agora isso não aconteceu, pois o incêndio, "felizmente, atendendo ao comportamento do vento", estava "numa situação mais contida.

"Fizemos evacuações preventivas na aldeia do Candal, Cerdeira, Silveira, e agora em aldeias na vertente mais a sul", explicou Luís Antunes, antes da comunicação por telemóvel voltar a cair.

Segundo informação da Câmara Municipal da Lousã divulgada na rede social Facebook, "preventivamente e em articulação com as autoridades, foram evacuadas as aldeias do Talasnal, Casal Novo, Chiqueiro, Catarredor e Vaqueirinho".

"A EN236 e a Estrada de Cacilhas / Hortas (acesso às aldeias) encontram-se encerradas à circulação automóvel", lê-se ainda na nota.

De acordo com a página da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), o incêndio em curso em povoamento florestal em Candal, na União de Freguesias de Lousã e Vilarinho, pelas 19:30, mobilizava 305 operacionais, 86 meios terrestres e cinco meios aéreos.

Fonte do comando sub-regional de Emergência e Proteção Civil da região de Coimbra disse que o incêndio na serra da Lousã "está ativo, com meios a combate", adiantando que as chamas estão a evoluir em direção à zona mais alta da serra, no Trevim, que fica a 1.205 metros de altitude.

Já o presidente da Câmara Municipal da Lousã referiu que o incêndio teve origem na vertente oeste da encosta, acima da povoação do Candal, tendo o alerta sido dado às 13:46.

"Chegou a estar quase circunscrito, mas descontrolou-se", estando em progressão em direção ao ponto mais alto da serra, que fica na fronteira entre os distritos de Coimbra e de Leiria, acrescentou.

Ainda segundo o autarca, devido ao incêndio e à necessidade de facilitar a deslocação dos meios de socorro, a Estrada Nacional (EN) 236, que liga a Lousã a Castanheira de Pêra (Leiria), tem circulação condicionada.

"Temos a necessidade de salvaguardar pessoas e bens e evitar situações desnecessárias e facilitar a deslocação dos meios de combate", indicou.

Também de modo preventivo, foi inviabilizado o acesso ao Castelo da Lousã e à zona do santuário da Senhora da Piedade, que fica no sentido oposto àquele que o fogo estava a fazer a meio da tarde desta quinta-feira, "atendendo à proximidade e à possível progressão que o incêndio poderia ter".

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