Chamas consumiram mais de 27 mil hectares de floresta e de terrenos agrícolas. 74 casas ficaram destruídas.
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A EDP Distribuição e um colaborador foram constituídos arguidos no âmbito do processo relativo ao incêndio de 2018 em Monchique, no Algarve, anunciou esta segunda-feira a empresa, manifestando-se convicta de que o fogo não teve origem na rede elétrica.
"Com base nas evidências disponíveis, a EDP Distribuição está convicta de que a origem do incêndio não esteve na rede elétrica, tendo em conta que o ponto de ignição, identificado pela Autoridade Nacional [de Emergência e] de Proteção Civil, não tem nenhuma linha elétrica nas suas proximidades", afirma a empresa, numa nota enviada à agência Lusa.
Este incêndio deflagrou no dia 03 de agosto de 2018 na zona da Perna Negra, na serra de Monchique (distrito de Faro), e foi o maior registado em 2018 em Portugal e na Europa, tendo sido dominado apenas ao oitavo dia, na manhã de 10 de agosto.
Foram consumidos mais de 27.000 hectares de floresta e de terrenos agrícolas. No total, o fogo destruiu 74 casas, 30 das quais de primeira habitação.
A EDP sublinha, na mesma informação, que o relatório elaborado pelo Observatório Técnico Independente, nomeado pela Assembleia da República para análise, acompanhamento e avaliação dos incêndios florestais, "reiterava que a origem do fogo em causa era 'desconhecida'".
"A empresa mantém-se disponível, como até aqui, para facultar todas as informações solicitadas, de forma a auxiliar as entidades competentes na reconstituição dos factos relevantes e no apuramento das causas que conduziram a este incêndio", acrescenta.
O incêndio provocou também danos significativos no concelho vizinho de Silves, depois de ter afetado, com menor impacto, os municípios de Portimão, no distrito de Faro, e de Odemira, no distrito de Beja.
As chamas, combatidas por mais de mil operacionais, com a ajuda de helicópteros e outros meios aéreos espanhóis, obrigaram à evacuação de pelo menos três unidades hoteleiras e provocaram 41 feridos, 22 dos quais bombeiros, a maioria devido a inalação de fumos.
"A empresa, no âmbito das suas obrigações legais, irá continuar o seu trabalho diário de gestão da vegetação na rede elétrica, colaborando com a sociedade e as autoridades na prevenção do flagelo dos incêndios, cuja frequência é propiciada pelas alterações climáticas", refere a EDP Distribuição.
No âmbito do processo relativo ao incêndio de 2017 em Pedrógão Grande, o Tribunal de Leiria decidiu levar a julgamento dois colaboradores da EDP: o subdiretor da área comercial da EDP, José Geria, e o subdiretor da área de manutenção do Centro da empresa, Casimiro Pedro.
Cada um está acusado de 63 crimes de homicídio por negligência e 44 crimes de ofensa à integridade física por negligência, 12 dos quais graves.
A este propósito, a empresa considerou que a acusação "não tem fundamento", sublinhando que a mesma se restringe "unicamente à alegada falta de limpeza da vegetação junto às linhas elétricas".
O incêndio que deflagrou em 17 de junho de 2017, em Escalos Fundeiros, concelho de Pedrógão Grande (distrito de Leiria), e que alastrou depois a concelhos vizinhos, provocou 66 mortos e 253 feridos, sete deles com gravidade, tendo destruído cerca de 500 casas, 261 das quais habitações permanentes, e 50 empresas.
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