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“Entregou compadre num ato de desespero”

Tribunal de Instrução pronunciou todos os arguidos envolvidos no rapto e na morte do empresário.

11 de março de 2017 às 09:27

A juíza do Tribunal de Instrução Criminal do Porto pronunciou os nove arguidos envolvidos no processo relativo ao rapto e à morte do empresário João Paulo Fernandes, em Braga, faz hoje um ano. A magistrada considerou que os indícios são muito fortes e lançou duras críticas à postura do advogado Pedro Bourbon, que na fase da instrução acusou os dois irmãos, Manuel e Adolfo, e o bruxo da Areosa.

"Assume que tem uma dívida de gratidão para com o bruxo, Emanuel Paulino, seu compadre, mas entregou-o num ato de desespero, no sentido de se ver afastado dos factos que lhe são imputados", lê-se na decisão de pronúncia.

A juíza de instrução Isabel Ramos considerou ainda que no processo existem duas escutas que incriminam o advogado. "As escutas não deixam qualquer dúvida quanto ao seu envolvimento nos crimes ocorridos, apesar do extremo cuidado de neles não participar fisicamente", diz a magistrada.

Para além do advogado, outros cinco arguidos pediram a abertura da instrução, mas a juíza entendeu também que em relação a estes os indícios eram muito fortes. Apenas o bruxo e os arguidos Rafael Silva e Luís Monteiro não contestaram a acusação, que diz que o empresário, de 41 anos, foi assassinado por não desistir de tentar reaver os bens dos pais, avaliados em dois milhões de euros.

Dos nove arguidos, sete respondem pelo rapto e pelo homicídio e outros dois por crimes menores.

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