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Homem com atraso cognitivo foi escravo durante 17 anos. Chegou a ser alugado para trabalhos agrícolas e vivia num furgão de sucata

Vivia numa situação degradante, num acampamento em Bragança.

01 de maio de 2024 às 12:14

A Polícia Judiciária deteve quatro pessoas acusadas de, durante 17 anos, terem escravizado um homem com um atraso cognitivo. A vítima sofreu maus tratos físicos e psicológicos, foi explorada como força de trabalho, tendo inclusive sido "alugada" a terceiros para a prestação de trabalhos agrícolas, informa a PJ em comunicado.

O caso aconteceu em Bragança. As detenções ocorreram no âmbito de uma operação conduzida pela Diretoria do Norte da PJ, que envolveu várias buscas, domiciliárias e a um acampamento.

A vitima, que agora tem 54 anos, "foi controlada e vigiada ininterruptamente e os seus documentos encontravam-se na posse dos arguidos, o que a tornou especialmente vulnerável", informa a PJ.

As autoridades descobriram que o homem vivia numa situação degradante, sem o mínimo de condições de habitabilidade, salubridade, higiene e alimentação. Pernoitava num furgão em estado de sucata, num acampamento. Nunca lhe foi permitida a assistência médica, nem mesmo quando sofreu um acidente grave, acabando por ficar com lesões permanentes nos membros inferiores.

Acabou por conseguir fugir, desencadeando a intervenção da PJ.

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