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Familiares da grávida da Murtosa ouvidos na 3ª sessão de julgamento no Tribunal de Aveiro

Segundo o advogado, a irmã da grávida da Murtosa é das testemunhas das "que tem maior prova digital relativamente à Mónica Silva".

21 de maio de 2025 às 11:09

O advogado da família de Mónica Silva, António Falé de Carvalho, afirmou esta quarta-feira que durante a terceira sessão de julgamento no Tribunal de Aveiro vão ser ouvidas as irmãs da vítima, Sara e Sandra Silva, o pai, Alfredo Silva e a sobrinha, de 17 anos.  

Segundo o profissional, a irmã da grávida da Murtosa é a testemunha "que tem maior prova digital relativamente à Mónica Silva". 

Durante a manhã, era suposto ter sido ouvida a inspetora da PJ, mas segundo que o CM apurou, foi ouvida a irmã mais velha da vítima, Sandra Silva. António Falé de Carvalho considera ainda que as declarações dos inspetores da PJ poderão "acrescentar algo a uma parte da investigação".

Já a irmã da grávida da Murtosa afirmou em tribunal não saber pormenores sobre a relação entre Mónica Silva e Fernando Valente. Ainda assim, a declaração de Sandra Silva focou-se no relato do filho da vítima que avança que o arguido foi a última pessoa a estar com Mónica. 

À porta do tribunal, o profissional adiantou ainda que a mãe de Mónica vai ser ouvida na quinta-feira. Sobre a audiência que decorreu durante a terça-feira, o advogado admitiu que ficou marcada pelo "depoimento longo" das testemunhas. 

O juiz presidente da Comarca de Aveiro refere ainda que as testemunhas de acusação que o tribunal não conseguiu ouvir, esta quarta-feira, passaram para segunda-feira.

Já a inquirição das testemunhas arroladas na acusação que não foi possível ouvir na terça-feira, designadamente uma inspetora da Polícia Judiciária e a irmã gémea de Mónica Silva, "será agendada oportunamente", de acordo com a mesma nota.

Fernando Valente, o homem suspeito de ter matado e escondido o corpo de Mónica Silva, está a ser julgado por um tribunal de júri, composto por três juízes de carreira e oito jurados.

O arguido, que se encontra em prisão domiciliária, está acusado dos crimes de homicídio qualificado, aborto, profanação de cadáver, acesso ilegítimo e aquisição de moeda falsa para ser posta em circulação.

O julgamento está a decorrer à porta fechada, sem a presença de público e jornalistas, porque a juíza titular do processo determinou a exclusão da publicidade da audiência de julgamento e demais atos processuais, para proteger a dignidade pessoal da vítima face aos demais intervenientes envolvidos, nomeadamente os seus filhos.

O arguido, que teve uma relação amorosa com a vítima da qual terá resultado uma gravidez, foi detido pela Polícia Judiciária (PJ) em novembro de 2023, mais de um mês depois do desaparecimento da mulher, de 33 anos, que estava grávida com sete meses de gestação.

O Ministério Público acusa o arguido de ter matado a vítima e o feto que esta gerava, no dia 03 de outubro de 2023 à noite, no seu apartamento na Torreira, para evitar que lhe viesse a ser imputada a paternidade e beneficiassem do seu património.

A acusação refere ainda que durante a madrugada do dia 4 de outubro e nos dias seguintes, o arguido ter-se-á desfeito do corpo da vítima, levando-o para parte incerta, escondendo-o e impedido que fosse encontrado até, esta quarta-feira.

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