Agosto é o mês que representa maior área ardida este ano, com um total de 185 mil hectares.
O incêndio que começou em Trancoso consumiu cerca de 49 mil hectares e o incêndio que deflagrou em Arganil, e que continua ativo, tem uma área ardida de pelo menos 47 mil hectares, segundo um relatório provisório.
O incêndio que começou em Freches, Trancoso, em 9 de agosto e que entrou em resolução no domingo, apresenta uma área ardida de 49.324 hectares, já o fogo que começou no Piódão, em Arganil, no dia 13 e que continua ativo, consumiu, pelo menos, 47.432 hectares, refere o relatório nacional provisório do Sistema de Gestão de Informação de Incêndios Florestais (SGIF) a que a agência Lusa teve acesso.
O relatório do sistema do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) dizia respeito ao período compreendido entre 1 de janeiro e terça-feira.
Estes dois grandes incêndios apresentam áreas ardidas que ficam apenas atrás do fogo que começou em Vilarinho, no concelho da Lousã, em outubro de 2017, que atingiu 53 mil hectares, considerado o maior incêndio de sempre desde que há registos em Portugal.
No entanto, o Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais (EFFIS), com dados menos finos, mas com atualização até esta quarta-feira, apontava para uma área ardida de 57.596 hectares no incêndio com origem em Arganil.
O terceiro maior incêndio registado este ano, segundo o relatório do SGIF, era o de Sátão, com 13.769 hectares, que se juntou ao de Trancoso, formando um complexo que afetou 11 municípios dos distritos de Viseu e da Guarda.
Freixo de Espada à Cinta (9.472 hectares), os dois incêndios do Sabugal (9.338 e 8.928), um outro incêndio em Trancoso que começou em 14 de agosto (8.673), Guarda (7.151) e Mirandela (5.775) estão também na lista dos 10 maiores incêndios deste ano, todos estes ocorridos em agosto.
Na lista dos 10 maiores fogos, regista-se apenas um incêndio em julho, em Ponte da Barca (7.164), pode ler-se no relatório consultado pela Lusa.
Até terça-feira, registaram-se 73 grandes incêndios (com área superior a 100 hectares) em Portugal este ano, responsáveis por 96% do total da área ardida no país, conclui o SGIF.
De acordo com o relatório provisório do SGIF, a Guarda é o distrito mais afetado (68.908 hectares de área ardida), seguindo-se Viseu (40.398) e Castelo Branco (25.352).
Os distritos do Porto (1.538) e Braga (614) são os que registaram maior número de incêndios, mas sobretudo de pequena dimensão.
Trancoso (17.239 hectares) e Covilhã (16.647) são os concelhos mais afetados pelos incêndios, seguindo-se Sernancelhe, Sabugal, Mêda, Arganil e Penedono, todos municípios com mais de 10.000 hectares ardidos, refere o relatório.
O mês de julho foi aquele que registou maior número de incêndios, mas agosto é o que representa maior área ardida este ano, com um total de 185 mil hectares, 83% do registado desde 01 de janeiro.
Até terça-feira, tinham ardido 222 mil hectares em Portugal em 2025, que apesar de ter sido o quinto ano com menor número de incêndios é aquele que apresenta a área ardida total mais elevada.
Dos 6.536 incêndios verificados até ao momento, 4.002 foram investigados e "têm processo de averiguação de causas concluído", permitindo atribuir uma causa a 3.013 fogos.
As causas mais frequentes até ao momento são o incendiarismo (29%), queimadas (10%) e reacendimentos (9%), nota o relatório do SGIF.
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