Autarquia desativou, na quarta-feira, o Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil, que tinha sido acionado no dia 15, quando o incêndio de Arganil entrou no concelho.
Imagens de drone mostram a paisagem na Covilhã reduzida a cinzas
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Duas casas de segunda habitação foram destruídas pelo incêndio que lavrou na Covilhã, no distrito de Castelo Branco, que consumiu um total de 20.257 hectares, segundo os dados provisórios.
Em declarações à agência Lusa, o presidente do município da Covilhã, Vítor Pereira, disse que o fogo destruiu uma habitação na localidade de Trigais (freguesia de Erada) e outra em Vale de Cerdeira (freguesia de São Jorge da Beira).
"Segundo o relatório preliminar do Sistema de Gestão de Informação de Incêndios Florestais (SGIF), a área ardida no concelho da Covilhã foi de 20.257 hectares. Para terem uma ideia da dimensão, em 2022, no incêndio que afetou seis concelhos do Parque Natural da Serra da Estrela, a área total ardida foi de 24 mil hectares", sublinhou o autarca da Covilhã.
O concelho da Covilhã tem uma área aproximada de 55.600 hectares.
Vítor Pereira disse também que 11 das 21 freguesias foram atingidas pelo incêndio, todas situadas na zona sul do concelho da Covilhã.
O município da Covilhã está no terreno desde a primeira hora com uma resposta de emergência social que inclui equipas de apoio social e psicológico.
"A Universidade da Beira Interior (UBI) disponibilizou psicólogos e foram criadas duas linhas de apoio em parceria com a universidade", explicou.
Está também a ser disponibilizada alimentação animal, numa parceria que envolve a Associação Portuguesa de Criadores de Raça Limousine.
"Estamos no terreno, em conjunto com as juntas de freguesia, a fazer um levantamento mais rigoroso dos prejuízos para depois ver se vão recorrer à linha de apoio até 10 mil euros ou se se opta por outras candidaturas", disse Vítor Pereira.
Além disso, o município está também a fazer o levantamento dos prejuízos públicos causado pelo incêndio e a desobstrução de estradas.
A autarquia desativou, na quarta-feira, o Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil, que tinha sido acionado no dia 15, na sequência da entrada no concelho da Covilhã do fogo que deflagrou no dia 13, em Arganil, distrito de Coimbra, e estendeu-se também aos concelhos de Pampilhosa da Serra e Oliveira do Hospital (distrito de Coimbra), Seia (Guarda) e Covilhã, Castelo Branco e Fundão (Castelo Branco).
Segundo dados oficiais provisórios, até 23 de agosto arderam cerca de 250 mil hectares no país, mais de 57 mil dos quais só no incêndio que teve início em Arganil.
Com estas duas casas na Covilhã, terão ardido pelo menos 12 habitações (10 de primeira habitação) na região Centro, cuja reconstrução o Governo se compromete a comparticipar até ao limite máximo de 250 mil euros.
O concelho de Oliveira do Hospital, no interior do distrito de Coimbra, atingido pelo grande incêndio de Arganil, contabiliza o maior número (cinco), seguido da Lousã (dois), no mesmo distrito.
Na Lousã, as chamas que deflagraram no dia 14 no Candal destruíram uma casa móvel de primeira habitação na Silveira de Cima e outra que estava em reconstrução para primeira habitação na localidade de Cabanões.
No distrito da Guarda, ardeu uma casa de primeira habitação em Aguiar da Beira, de acordo com o presidente da Câmara, Virgílio Cunha, que salientou a existência de vários imóveis de primeira habitação com danos, embora sem inviabilizar a permanência dos moradores.
O concelho de Aguiar da Beira começou a ser atingido nos dias 13 e 14 pelos fogos que tiveram início em Trancoso, no distrito da Guarda, e Sernancelhe e Sátão, no distrito de Viseu.
Também em Fornos de Algodres se registou a destruição de uma casa de primeira habitação.
Os municípios de Penamacor e Castelo Branco, neste distrito, contabilizaram uma casa ardida cada um.
O Governo definiu um apoio para a reconstrução de habitações de residência própria em situações como os incêndios rurais das últimas semanas, prevendo uma comparticipação "a 100% até ao montante de 250 mil euros", anunciou na quinta-feira o primeiro-ministro.
O valor remanescente, indicou Luís Montenegro, será comparticipado a 85%.
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