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Fogo no Fundão tem três frentes ativas

Autarca salientou que a frente de fogo mais devastadora dirige-se para a Enxabarda e, caso não seja contida, irá certamente para o Açor.

18 de agosto de 2025 às 15:27

O incêndio que lavra no Fundão tem três frentes ativas que preocupam, uma proveniente do fogo da Covilhã em Silvares, uma frente que circundou Lavacolhos e outra, com progressão "mais devastadora", em direção à Enxabarda, informou o vice-presidente.

Em declarações à agência Lusa, pelas 14h50, o vice-presidente do município do Fundão, Miguel Gavinhos, explicou que as condições meteorológicas que se fazem sentir na região "são muito adversas ao combate às chamas, mesmo pelos meios apeados".

"Há uma enorme cortina de fumo que não permite aos meios aéreos operarem. Temos consciência de que se trata de um incêndio com um perímetro muito grande [mais de 40 quilómetros] e não é possível ter meios em todas as frentes", disse.

O autarca salientou que a frente de fogo mais devastadora dirige-se para a Enxabarda e, caso não seja contida, irá certamente para o Açor.

"A frente de Lavacolhos circundou a localidade", frisou.

Miguel Gavinhos deixou ainda um apelo à população para que libertem os acessos às frentes de fogo, de modo a facilitar a vida aos bombeiros e às restantes autoridades envolvidas.

O vice-presidente sublinhou também que estão no terreno a operar três d máquinas de rasto e está à espera de mais duas, uma disponibilizada pelo Instituto da Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) e outra pelas Forças Armadas.

O incêndio que deflagrou na quarta-feira em Arganil evoluiu em várias direções, como Seia (Guarda), e chegou na noite de domingo ao município da Covilhã e esta segunda-feira passou para o concelho do Fundão.

Pelas 15h10 desta segunda-feira e de acordo com a página de internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, no incêndio com origem em Arganil estavam 1.199 operacionais, apoiados por 406 viaturas e 11 meios aéreos.

Portugal continental tem sido afetado por múltiplos incêndios rurais desde julho, sobretudo nas regiões Norte e Centro, num contexto de temperaturas elevadas que motivou a declaração da situação de alerta desde 02 de agosto.

Os fogos provocaram dois mortos, incluindo um bombeiro, e vários feridos, na maioria sem gravidade, e destruíram total ou parcialmente casas de primeira e segunda habitação, bem como explorações agrícolas e pecuárias e área florestal.

Portugal ativou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil, ao abrigo do qual deverão chegar, na segunda-feira, dois aviões Fire Boss para reforço do combate aos incêndios.

Segundo dados oficiais provisórios, até 17 de agosto arderam 172 mil hectares no país, mais do que a área ardida em todo o ano de 2024.

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