O blindado da Iveco em serviço na GNR no Iraque está a ser visto com muito interesse por Estados aliados, em particular pelos militares italianos, que já estão a pensar em realizar modernizações nas viaturas por eles usadas para chegarem ao nível das operadas pelos portugueses.
Um motor mais potente, com repercussão no superior desempenho da viatura e do sistema do ar condicionado, a protecção com rede metálica das superfícies vidradas e os potes lança-fumos (granadas) são algumas das alterações que fazem diferença em relação aos modelos dos italianos.
A viatura em causa é a M 40.12 WM/P, também usada pelo Exército e pelos Carabinieri italianos, e embora se trate de um blindado configurado para missões policiais e patrulhamento e escolta - que não ultrapasse o âmbito de um conflito de muito baixa intensidade -, a versão escolhida pela GNR é mais flexível e está melhor equipada, se bem que se mantenha dentro das mesmas missões.
A Iveco confirmou este interesse internacional, mas não quis falar sobre os possíveis clientes. O Correio da Manhã sabe, no entanto, que, além dos italianos, mais três Estados europeus mostraram interesse em conhecer melhor a viatura que equipa o Subagrupamento Alfa, a força da GNR em serviço no Iraque. Os ingleses, onde os portugueses estão integrados a nível divisionário no Iraque, acabaram por também demonstrar muita curiosidade em relação à versão portuguesa do blindado da Iveco, se bem que também disponham de blindados para funções policiais, com base nos Land Rover, concebidos e produzidos a partida na experiência ganha na Irlanda do Norte.
Aliás, os turcos também propuseram a Portugal, através da fábrica Otokar, uma viatura similar à inglesa, mas que foi preterida a favor dos italianos, alegadamente devido à manutenção, dada a integração na brigada italiana, uma falsa questão, uma vez que os Carabinieri também dispõem de viaturas Land Rover. Em todo o caso, a viatura da Iveco está a corresponder à missão da GNR no Iraque, mas nada tem a ver com o concurso para blindados de rodas para o Exército e Marinha.
REQUISITOS MILITARES RESPEITADOS
Depois da polémica lançada pelo CM no Verão do ano passado que dava conta da falta de blindados, mesmo no Exército, a verdade é que o Ministério da Administração Interna veio a aceitar a maioria das propostas da GNR no processo de aquisição.
Curiosamente, também, os requisitos - que não a escolha do fornecedor - partiram dos escalões de comando mais baixos e foram respeitados pelas chefias, na base de que 'quem está no terreno é que sabe o que precisa', o que não é muito comum. Foi, aliás, a primeira vez que uma força militar portuguesa empenhada no exterior veio a ser dotada de meios blindados específicos para a missão e que não tenham saído da adaptação de meios obsoletos, como é o caso da Chaimite. Ao menos desta vez, os operacionais foram respeitados e o Governo abriu os cordões à bolsa.
NOVIDADES
A GNR optou por um blindado Iveco com 122 cv aos invés dos 100 cv dos usados pelos italianos, o que traduz também maior mobilidade e maior potência do ar condicionado. Requereu também redes metálicas de protecção contra pedras e potes lança granadas de fumo, úteis no controlo de manifestações. Quis também um foco de iluminação controlado electricamente pelo interior para operações nocturnas.
DINHEIROS
Os requisitos da GNR obrigaram a um processo de produção e entrega mais demorados e o custo, por unidade, rondou os 130 mil euros, um valor já antes avançado na tomada de decisão para aquisição. A encomenda é de 20 viaturas e será concluída em Março. O blindado desloca cerca de quatro toneladas, está armado com uma metralhadora de 7,62 mm e dispõe de oito seteiras para armas individuais.
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