Chamas seguem em direção à vila algarvia.
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O incêndio que deflagrou há 48 horas em Monchique conta com duas frentes preocupantes, uma delas em direção à vila algarvia e sem acesso para meios de combate, disse fonte da Proteção Civil.
"Há uma frente virada a sul, em direção à vila de Monchique, que está sem acessos a meios de combate, quer aéreos, quer terrestres, e outra frente, mais a este, que acompanha a EN266 e que, na sua vertente mais a norte, pode evoluir no sentido de Nave Redonda", disse o Comandante Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Faro, Vaz Pinto, durante um ponto de situação, feito um pouco depois das 13h00.
As forças de combate ao "complexo" incêndio, que já obrigou à deslocação de mais de 100 pessoas em 15 lugares dos concelhos de Monchique e Odemira, vão ser reforçadas ao início da noite com mais 16 máquinas de rasto.
De acordo com o comandante operacional, o incêndio encontra-se ativo com duas frentes, sendo que 30% do perímetro se encontra "dominado e em ações de consolidação, extinção e vigilância ativa" e os restantes 70% representam as principais "preocupações".
"Apesar de, nesta noite, todos os esforços terem sido feitos, existe ainda alguma preocupação nesta frente este, que se encontra ainda bastante vulnerável", frisou Vaz Pinto sobre a frente que evolui no sentido de Nave Redonda.
Quanto à frente que se desloca no sentido da vila de Monchique, o combate aéreo é dificultado pelas temperaturas elevadas pelo fumo e o combate no terreno pela inexistência de acessos, apesar do trabalho das máquinas de rasto.
"Eu nunca vos escondi que este incêndio é um incêndio de elevada perigosidade e que todas as ações têm de ser muito bem pensadas. Existe, de facto, esse risco que está a referir, como existem outros", sustentou o comandante operacional, após ser questionado sobre o risco de o fogo se aproximar da vila.
O perímetro de área ardida, que no sábado estava estimado em 1.000 hectares, aumentou "de forma muito considerável", sublinhou Vaz Pinto, sem adiantar um número concreto.
O combate às chamas estava, pelas 13h00, a ser efetuado por 785 operacionais e 92 entidades a trabalhar no terreno, apoiados por 204 veículos e 13 meios aéreos: cinco helicópteros bombardeiros ligeiros, um helicóptero bombardeiro pesado, quatro aviões bombardeiros médios, dois aviões bombardeiros pesados e um avião de coordenação e apoio à decisão.
O "único reforço" que o local do fogo vai receber nas próximas horas, face às necessidades operacionais sentidas, é uma bateria de 16 máquinas de rasto, a juntar às 16 já existentes, para abrirem acessos que permitam o combate às chamas, adiantou o comandante operacional.
"Esperamos que seja determinante para a resolução do incêndio ao longo da noite de hoje", acrescentou Vaz Pinto, observando ainda que as condições atmosféricas "não vão ser tão severas" como no sábado.
O responsável assegurou que o comando distrital de Proteção Civil "não tem conhecimento de qualquer casa habitável ardida" e que o fogo terá atingido apenas armazéns agrícolas.
Em relação às pessoas deslocadas de forma preventiva, a Proteção Civil registou até ao momento 110 pessoas (79 em 10 sítios e lugares no concelho de Monchique (Taipa, Foz Carvalhoso, Ladeira de Cima, Pedra da Negra, Foz do Lavajo, Corjas, Foz do Farelo, Ribeira Grande e Portela da Viúva) e 31 em cinco sítios no concelho de Odemira (Varja do Carvalho, Moitinhas, Barreirinhas, Vale das Hastes e Craveiras).
Por outro lado, foram assistidos até agora 30 operacionais, com sintomas relacionadas com o calor e com o fumo, informou o comandante operacional.
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