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Gang sofreu acidente em fuga e disparou a matar em carjacking

Dez homens julgados por roubo e homicídio na A16.

16 de fevereiro de 2018 às 09:03

Fábio Henriques foi contratado por Bruno Barata – com quem cumpriu pena – para conduzir um dos carros no assalto a uma carrinha de valores no Lourel, Sintra, em 2016.

Na fuga, Fábio bateu com o Audi e desmaiou. Quando recuperou os sentidos, viu os cinco cúmpices a fazerem um carjacking. Mas disse esta quinta-feira em tribunal que não assistiu ao momento em que João Carlos Silva, um condutor que circulava na A16, foi morto a tiro numa outra tentativa de carjacking. "Fiquei a saber que tinha havido um morto pela TV, já em casa".

Fábio foi o único a prestar declarações no início do julgamento, esta quinta-feira, em que estão sentados 10 arguidos – só seis participaram diretamente no crime. E fez o ‘filme’ do que se passou a 28 de fevereiro de 2016.

O arguido diz que ficou a saber do plano 20 dias antes. No dia, os seis encontraram-se na Pontinha, deixaram um carro de fuga em Vale de Lobos e seguiram para o Lourel. Armados com duas caçadeiras e dois revólveres, esperaram pelo momento certo. "Com o meu carro barrei a carrinha e apanhei os sacos com o dinheiro", disse Fábio.

"Ouvi dois ou três tiros e assustei-me. Percebi que o ‘Gordo’ tinha ficado ferido num pé". O gang fugiu e teve o acidente. João Carlos Silva, num Mercedes, foi morto à frente da mulher e da filha de apenas 6 anos. O gang fez parar então um Citroën C3 e fugiu.

"Largaram-me em Caneças, apanhei um táxi e fui para casa. Nunca vi a minha parte – o gang roubou 8 mil€ –, uma semana depois fui para Inglaterra e não soube mais nada dos outros".

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