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Gays continuam impedidos de dar sangue

Os homossexuais continuam a sentir-se discriminados e alvo de preconceitos com a recusa de alguns hospitais em aceitar a doação de sangue, apesar de o Instituto Português do Sangue ter retirado do seu site a pergunta polémica acerca da homossexualidade dos potenciais dadores como critério de exclusão.

29 de abril de 2007 às 00:00

Este assunto arrasta-se há alguns anos mas a controvérsia acendeu-se esta semana com o deputado João Semedo, do Bloco de Esquerda (BE), a instar o ministro da Saúde, Correia de Campos, a pronunciar-se sobre os fundamentos técnico-científicos que estão na base da recusa em aceitar a doação de sangue dos gays.

António Serzedelo, fundador da Associação Opus Gay e presidente da Associação Cívica Vidas Alternativas, considera que tudo não passa do preconceito que subsiste nalguns serviços de sangue, apesar de o antigo presidente do IPS ter garantido que iria acabar com essa exclusão. Não terá enviado, todavia, essa directiva para os hospitais.

“Essa directiva foi mal distribuída porque o perigo não está na homossexualidade, mas sim nos comportamentos de risco das pessoas, sejam homossexuais ou heterossexuais, se usou ou não preservativo. Tudo isto não passa de preconceito, ignorância e homofobia”, afirmou ao CM António Serzedelo.

Alguns países europeus ainda mantêm essa exclusão, mas outros já a aboliram, caso da Espanha e Suíça.

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