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GNR mata ladrão e vai preso

José Casanova atingiu assaltante com cinco tiros pelas costas.

01 de junho de 2015 às 01:03

José Casanova e a mulher viram, através da janela, um vulto no quintal da casa onde viviam, no Seixal, na noite da passagem de ano de 2008. O militar reformado foi à porta da cozinha ver o que se passava e a mulher decidiu acender a luz. Aperceberam-se nessa altura de que um homem estava a saltar o muro para fugir. José pegou então numa caçadeira, fez cinco disparos e matou o ladrão pelas costas. O ex-GNR foi agora condenado a nove anos de cadeia pela Relação de Évora.

O militar terá também de pagar 115 mil euros à família de Roki Bozdarevic, ladrão de 26 anos de nacionalidade croata.

Na primeira instância, o militar levou uma pena de 11 anos de de prisão, mas os juízes desembargadores decidiram reduzir a condenação. "O arguido agiu sob um estado anímico de intensa preocupação, quer pelos assaltos que anteriormente tinham ocorrido naquela zona, quer pelos passos que testemunhou aos alegados assaltantes", diz a Relação.

Durante o julgamento, o militar, de 65 anos e que se encontra em liberdade, diz que apenas disparou para assustar o assaltante. O Tribunal da Relação considera, no entanto, que o arguido agiu com a clara intenção de matar. O homicídio ocorreu por volta das 22h00.

Roki não morreu logo no local. Ainda conseguiu descer o muro e foi auxiliado por três cúmplices que se encontravam no exterior da moradia. Meteram o homem no carro e tentaram fazer respiração boca a boca, mas sem sucesso. Levaram-no depois até umas bombas de gasolina junto à estação da Fertagus no Fogueteiro, onde Roki Bozdarevic acabou por morrer.

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